Na manhã desta terça-feira (8), o ex-vereador Gabriel Monteiro foi transferido para o Presídio de Benfica, na zona Norte do Rio de Janeiro. Ele estava detido na 77ª DP (Icaraí), após a Justiça do Rio decretar sua prisão preventiva na última segunda-feira (7) por um processo de estupro. A decisão foi do juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal do Rio.
O caso que o parlamentar responde teria acontecido já após a divulgação de outras denúncias contra ele, inclusive de estupro. Uma estudante de 23 anos denunciou ter sido estuprada por Monteiro na casa de um amigo, no Joá, Zona Sul do Rio.
Em depoimento, a mulher afirmou que o ex-vereador e youtuber teria a constrangido a fazer sexo com ele com violência, segurando uma arma em seu rosto, segurando seus braços e dando tapas. E que Gabriel não teria usado camisinha, “mesmo após apelos” da vítima.
Na denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ), a promotoria constatou que Monteiro contaminou a jovem com uma doença sexualmente transmissível (DST), e que o laudo médico confirmou a presença de lesões na genitália da vítima após o crime. A informação foi divulgada pelo portal G1.
A estudante disse que relatou o que havia acontecido aos seguranças de Gabriel Monteiro e foi perguntada se queria ir à delegacia registrar um boletim de ocorrência. Ela, então, recusou denunciar o caso por medo de ser morta e foi embora com uma amiga.
Na última segunda (7), o ex-PM se entregou à Polícia Civil mas antes gravou um vídeo em que afirma ser inocente. “Assim que fiquei sabendo vim imediatamente me entregar para a Justiça porque acredito nela e sei que minha inocência vai ser comprovada”, disse Monteiro.
No dia 18 agosto, Gabriel Monteiro teve seu mandato de vereador cassado pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro por denúncias como abuso de autoridade, assédio sexual e estupro. O placar da votação foi de 48 a favor da cassação e 2 votos contra.
O vereador Chico Alencar (Psol), relator do processo no Conselho de Ética, afirmou nas redes sociais que a prisão de Monteiro “reforça o acerto do Legislativo carioca ao cassar seu mandato”.