Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, neste sábado, 22, conceder 116 direitos de resposta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em inserções de 30 segundos destinadas originalmente ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo a Jovem Pan, os ministros da Corte julgaram, em plenário virtual, a decisão da ministra Maria Claudia Bucchianeri, que, na quarta-feira, 19, havia concedido 164 veiculações ao petista, por entender que a campanha do atual presidente da República divulgou desinformação sobre o adversário.
As propagandas diziam que Lula teria ligação com o crime organizado por ter sido o mais votado em presídios e que o candidato do PT teria pedido ao então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) libertar os sequestradores do empresário Abílio Diniz. Bucchianeri destacou que os fatos eram “sabidamente inverídicos por descontextualização”.
Neste sábado, porém, a magistrada votou por manter 116 peças. O conteúdo vai ao ar em cinco emissoras, 24 vezes em cada uma delas. “Mantenho o exercício do direito de resposta, que será divulgado por 116 vezes, no mesmíssimo bloco horário e na mesma emissora de televisão indicada na petição inicial para cada uma das reproduções do conteúdo tido como ilícito, o que corresponde à perda de 24 inserções”, afirmou em seu voto.
Ela foi acompanhada pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e pelos ministros Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves, Sergio Banhos e Raul Araújo, o último a votar. Os integrantes da Justiça Eleitoral tinham até as 23h59 deste sábado, 22, para se manifestar.
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