Um trabalho social desenvolvido no bairro Porto Real, em Araçatuba, ensina jiu-jitsu para crianças e jovens carentes. Fundado em setembro de 2020, o “Jiu-Jitsu Para Todos” já contabiliza 50 medalhas conquistadas pelos atletas em campeonatos realizados em várias cidades paulistas.
Idealizado pelo empresário Eduardo Yuji Ishida, que é praticante da luta há mais de 18 anos, o projeto atende 12 crianças e jovens com idades entre 10 e 22 anos. O resultado do trabalho resultou, além das dezenas de medalhas, uma homenagem da Câmara Municipal de Araçatuba, que concedeu um voto de aplauso à iniciativa.
Tudo começou em setembro de 2020, com a vontade de levar a luta para mais pessoas, sobretudo as carentes. Com a ajuda de amigos, conseguiu adquirir o tatame e, desde então, mantém o projeto nos fundos da casa do professor voluntário Tiago Pereira Travasso.
Os jovens atletas, que são carentes, conseguiram comprar seus quimonos por meio de uma ação beneficente, uma rifa de uma cesta de chocolate. A participação deles nos campeonatos, que requerem inscrição e cujo valor pode chegar a R$ 90,00 por atleta, também é garantida por meio da venda de trufas, cones de chocolate e galinhada.
O esforço tem valido a pena, segundo a instrutora de autoescola Andréa de Atoguia, que é mãe de dois atletas participantes do projeto e se tornou secretária voluntária do “Jiu-Jitsu Para Todos”. Conforme ela, na última competição de que participaram, no domingo (9), em Bauru, os 8 atletas do projeto que lutaram conquistaram medalha de ouro.
É o caso do estudante Luís Gustavo Atoguia dos Santos, 14 anos, que é faixa branca, e da também estudante Angélica Silva Nascimento Araújo, 15 anos (faixa branca). Angélica, aliás, chegou a ganhar cinco medalhas em um único campeonato, realizado no mês passado, em Bauru.
Mundial em SP
O próximo desafio dos atletas vai ser no mês que vem, quando irão disputar o Mundial de Jiu-Jitsu Esportivo que acontece no Ibirapuera, em São Paulo, entre os dias 23 e 27 de novembro. Dos 12 lutadores do projeto, 8 estão inscritos na competição.
Para garantir a participação dos atletas, os gestores do projeto estão organizando uma galinhada, no valor de R$ 20,00 cada marmitex, para custear as despesas com transporte e alimentação. Para a estadia, estão tentando a cessão de uma escola.
Desafios
Há, ainda, outros desafios. Um deles é a participação dos atletas em dois campeonatos previstos ainda para este ano, mas ainda não há recursos para a inscrição, cujo custo é de R$ 90,00 por atleta. Eles ainda estão tentando adquirir quimonos para três crianças que entraram no projeto recentemente.
O projeto aceita doações de arroz e frango para a galinhada, que será feita pela própria Andréa. Doações de chocolate e trufas também são bem-vindas para a comercialização e arrecadação de recursos. Os bilhetes para a galinhada podem ser adquiridos pelo (18) 98813-4909. A entrega será na Rua Igor Dourado e Castro, 625, Porto Real 2.
“A gente não tem uma ajuda fixa. Para cada campeonato ou demanda, a gente organiza uma ação para conseguir recursos e continuar com o projeto”, disse Andréa.
Serviço
Mais informações sobre o projeto e colaboração com patrocínio podem ser obtidas pelo (18) 997193627.
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