Homem que matou o próprio filho, de dois meses, ao arremessar um celular contra ele após discussão com a companheira, foi preso preventivamente em Valparaíso, município de Goiás. Ele segue à disposição da Justiça em um presídio, segundo o portal Terra.
De acordo com informações da Polícia Civil do Estado de Goiás, o caso aconteceu no último dia 30. A prisão havia sido deferida na segunda-feira, dia 3, mas o homem só foi detido na quarta-feira, 5, por causa das restrições de prisão no período eleitoral.
O mandado de busca e apreensão, e de prisão preventiva por crime de lesão corporal seguida de morte, foi realizado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM). A criança foi enterrada na terça-feira, dia 4.
Conforme consta na ocorrência registrada pela Polícia Civil, o pai e a mãe da criança teriam discutido por causa de um vídeo em que a mulher aparecia dançando. Para não dar sequência à briga, a mulher teria ido dormir enquanto o homem ficou com o recém-nascido no colo.
Ele colocou a criança em um bebê-conforto próximo à cama da mãe e, depois, pegou um aparelho celular e arremessou na criança, acertando diretamente sua cabeça. Em depoimento, o homem afirmou que a intenção era atingir a parede. Ele, no entanto, provocou grave lesão no bebê.
A mãe acordou e, ao entender o que aconteceu, desmaiou. Na sequência, o pai chamou um motorista de aplicativo para levar o filho ao hospital, junto com a mãe do bebê. A criança foi encaminhada para a cidade de Santa Maria, no Distrito Federal, onde a Polícia Militar foi acionada e levou o homem à delegacia para prestar esclarecimento.
O depoimento do suspeito foi colhido, assim como informações com os socorristas que atenderam a criança. Neste momento, segundo a Polícia, houve dúvida sobre o verdadeiro autor das lesões e não foi possível determinar flagrante.
A DEAM requisitou as perícias necessárias, colheu depoimentos da mãe da criança e deu sequência às investigações. Assim, foi concluído que o bebê foi vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei Henry Borel (Lei nº 14.344/2022), sendo necessária a prisão preventiva do agressor.
Em novas investigações de busca e apreensão na residência do casal, foram apreendidos outros celulares quebrados e uma coberta de cama, usada no dia do ocorrido, que estava perfurada nos pontos em que havia sangue da vítima.