Autoridades carcerárias de São Paulo dizem ter encontrado na Penitenciária de Avaré, no interior paulista, mais dois bilhetes com mensagens para matar autoridades antes do segundo turno das eleições. O presídio abriga presos integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital). As informações foram divulgadas, nesta terça-feira (25), pelo colunista do UOL, Josmar Jozino.
Um bilhete já havia sido apreendido em 9 de setembro deste ano na cela 55, no Pavilhão A, habitada pelo prisioneiro Wesley Ferreira Sotero, 27, o Magrelo. A comunicação falava em matar um promotor de Justiça, delegados da Polícia Civil de São Paulo e agentes de presídios estaduais e federais.
Magrelo foi trazido para o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), na capital paulista, para prestar esclarecimentos. Interrogado na 6ª Delegacia de Combate a Facções Criminosas, o preso negou ter escrito as mensagens. Ele é investigado por ameaça e associação à organização criminosa.
No último dia 17, em revista realizada na cela 56, vizinha ao xadrez de Magrelo, agentes penitenciários encontraram mais dois bilhetes, dessa vez escondidos nos pertences do preso Carlos Alberto Damásio, 34, conhecido como Marlboro.
A 6ª Delegacia de Combate a Facções Criminosas, que também investiga Magrelo, solicitou à Corregedoria dos Presídios autorização para ter a permanência de Marlboro por um dia na carceragem do Deic. O departamento quer tomar o depoimento do prisioneiro.
Segundo agentes penitenciários, um dos bilhetes encontrados na cela de Marlboro traz nomes de mais autoridades ameaçadas de morte pelo PCC, a maior organização criminosa do Brasil, e ainda faz cobranças aos faccionados por não terem realizado os atentados planejados anteriormente.
Funcionários do sistema prisional disseram que tanto Magrelo quanto Marlboro já foram flagrados em outras ocasiões com bilhetes contendo ameaças ao promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) de Presidente Prudente.