Um funileiro de 31 anos que esteve com dois irmãos quando um deles, R.S.S., 37 anos, matou a tiros o ex-sogro e baleou o companheiro de sua ex-mulher, no bairro Taane Andraus, em Araçatuba, no último domingo (23), se apresentou na DH/Deic (Delegacia de Homicídios da Divisão especializada em Investigações Criminais) nesta quinta-feira.
O funileiro está sendo defendido pelos advogados Flávio Batistella e Daniel Madeira. Na delegacia, acompanhado de Madeira, ele deu sua versão sobre os fatos e alegou que não sabia que o autor estava armado e que só foi ao local porque tinha sido chamado pelo autor para buscar uma moto.
Segundo o funileiro, no dia do crime ele estava no bar de parentes na Vila Aeronáutica, perto da casa do irmão do autor. De repente R.S.S. chegou chamando pelo irmão mas não foi atendido. Ele pediu então que o funileiro fosse com ele até a casa da ex porque precisava buscar uma moto.
Os dois foram até a residência dela, na rua Pacaembu, no bairro Taane Andraus. A filha mais velha da mulher retirou o capacete que estava na moto e disse que o funileiro poderia levar a moto para a rua. Em seguida R.S.S. comentou com esse amigo que o namorado de sua ex estava na casa.
O funileiro aconselhou que ambos fossem embora, e R.S.S. disse que iria entrar para dar um beijo na filha. O funileiro pegou a moto e retornou ao bar, encontrou o irmão do autor e disse que ele havia ficado na casa da ex-mulher, onde também estava o atual namorado dela.
O irmão do autor chamou o funileiro para irem até o local para tentar evitar que R.S.S. fizesse algo de errado, porque ele é uma pessoa nervosa. Ao chegarem de volta encontraram ele no meio da rua discutindo com alguém que estava no interior da casa com uma criança no cólo. Possivelmente tratava-se do padrasto da ex-mulher que estava com a filha menor do casal, de 3 anos.
O irmão do autor desceu do carro dizendo que iria pegar a sobrinha. O funileiro disse que assustado com tiros que passou a ouvir, desceu do carro e deixou o local a pé. Após caminhar mais de um quarteirão o irmão do autor parou de carro, já com a sobrinha de 3 anos, e ambos foram embora.
Posteriormente, quando já estava no bar, ficou sabendo que R.S.S. havia matado o padrasto da ex-mulher dele e baleado o atual namorado dela. O funileiro disse que só foi ao local porque inicialmente o chamaram para buscar uma moto. Ele alega que não sabia que R.S.S. estava armado. A Polícia Civil está investigando caso. Os irmãos estão com a prisão temporária decretada e já se apresentaram à polícia, e devem iniciar o cumprimento da decisão após as eleições devido à legislação eleitoral.