A cobertura vacinal contra a poliomielite avançou para 88% em Araçatuba e se aproxima dos 95% ideais preconizados pelo Ministério da Saúde. Das 8.839 crianças maiores de 1 ano e menores de 5 anos que deveriam tomar a vacina, 7.764 receberam o imunizante, entre o período de 8 de agosto até esta sexta-feira, 21 de outubro.
O último boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, no dia 14 de outubro, apontava cobertura vacinal de 80%, o que demonstra que, em uma semana, houve um avanço na vacinação de oito pontos porcentuais. O percentual atual, de 88%, no município, está acima da média nacional, de 65,6%.
Para elevar o número de crianças imunizadas, o município ampliou os postos e horários de vacinação, levou a vacina às escolas e até ofereceu ingresso de graça em um circo que está na cidade às crianças que fossem imunizadas.
Por causa da baixa adesão dos pais, a Campanha Nacional de Vacinação, que seria realizada de 8 de agosto a 9 de setembro, foi prorrogada em todo o País até 30 de setembro.
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, apesar do encerramento da campanha, as doses da vacina continuarão disponíveis em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de Araçatuba.
Na última segunda-feira (17), representantes do clube de serviços Rotary estiveram na Câmara de Araçatuba para apresentar sugestões que podem ajudar a aumentar a cobertura vacinal contra a doença.
Rotary sugere ações de combate à poliomielite em Araçatuba
Baixa cobertura preocupa especialistas
A baixa cobertura vacinal tem preocupado especialistas e gerou até em alertas da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), sobre o risco da reintrodução do vírus da poliomielite no Brasil. Isso ocorre porque a circulação do vírus em países como Paquistão e Afeganistão pode originar surtos em novos lugares, principalmente onde a adesão à vacinação é baixa, como é o caso do Brasil.
Último caso foi registrado em 1989
No Brasil, o último relato de “paralisia infantil” foi em 1989 e, em 1994, o país ganhou certificado de erradicação da doença. A polimielite ou paralisia infantil pode atacar o sistema nervoso e, como consequência, provoca a paralisia, geralmente, das pernas do infectado. A pólio também pode paralisar os músculos respiratórios, levando, neste caso, o doente à morte.
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