A cobertura vacinal contra a poliomielite avançou para 72% em Araçatuba, mas ainda está distante dos 95% ideiais preconizados pelo Ministério da Saúde. Das 8.839 crianças maiores de 1 ano e menores de 5 anos que deveria tomar a vacina, 6.311 receberam o imunizante no período de 8 de agosto até esta sexta-feira, 7 de outubro.
O último boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde apontava cobertura vacinal de 62%, o que demonstra que, em uma semana, houve um avanço na vacinação. O percentual atual, de 72%, no município, está acima da média nacional, de 60%.
Para elevar o número de crianças imunizadas, o município ampliou os postos e horários de vacinação, levou a vacina às escolas e até ofereceu ingresso de graça em um circo que está na cidade às crianças que fossem imunizadas.
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Mesmo assim, não houve adesão maciça dos pais e responsáveis e a campanha que seria realizada de 8 de agosto a 9 de setembro precisou ser prorrogada em todo o País até 30 de setembro.
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, apesar do encerramento da campanha, as doses da vacina continuarão disponíveis em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de Araçatuba.
Opas alerta para o risco da reintrodução do vírus no País
No Brasil, apenas 60% das 11,5 milhões são crianças entre um e menores de cinco anos foram imunizadas contra a pólio, o que demonstra que o país está longe de atingir os 95% ideais.
A baixa cobertura vacinal tem preocupado especialistas e gerou até em alertas da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), sobre o risco da reintrodução do vírus da poliomielite no Brasil. Isso ocorre porque a circulação do vírus em países como Paquistão e Afeganistão pode originar surtos em novos lugares, principalmente onde a adesão à vacinação é baixa, como é o caso do Brasil.
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Último caso foi registrado em 1989
No Brasil, o último relato de “paralisia infantil” foi em 1989 e, em 1994, o país ganhou certificado de erradicação da doença.
A polimielite ou paralisia infantil pode atacar o sistema nervoso e, como consequência, provoca a paralisia, geralmente, das pernas do infectado. A pólio também pode paralisar os músculos respiratórios, levando, neste caso, o doente à morte.