O julgamento de Caíque Junio de Souza Soares, o “Caique do Água Branca”, e de Alexandro Cícero Rodrigues, que seria realizado hoje (5), em Araçatuba (SP), foi cancelado e redesignado para o dia 25 de janeiro de 2023. De acordo com o Ministério Público, um dos advogados de defesa, Jair Ferreira Moura, apresentou um atestado de dentista informando da impossibilidade de comparecimento.
Caique e Alexandro serão julgados por quatro tentativas de homicídio no dia 31 de agosto de 2019 no bairro Vista Verde, zona leste de Araçatuba. Conforme denúncia do Ministério Público, naquele dia por volta de 18h, Caiquinho e o comparsa Alexandro da Silva tentaram matar Francis Ramon Pereira da Silva, quando ele jogava baralho em um bar na Rua Salvador Barretos de Menezes esquina com a Rua Arlindo Squiçato.
Na ocasião Caiquinho pilotava uma moto vermelha de alta cilindrada e levava o comparsa na garupa. Eles passaram em frente ao bar confirmaram que o desafeto estava no local. Ambos retornaram com as viseiras do capacete abaixadas e passaram a atirar contra Francis Ramon, que também estava armado e revidou.
Na tentativa de matar Francis Ramos, acabaram atingindo um homem que jogava baralho no bar, com um tiro na nádega. Uma mulher que estava na calçada do outro lado da rua foi atingida na região lombar e um rapaz que passava pelo local no momento do tiroteio foi atingido na coxa. As vítimas foram levadas para o pronto-socorro da Santa Casa e todas sobrevieram.
Francis Ramos, conforme denúncia do MP, revidou e atirou contra a dupla. Caiquinho foi atingido e ambos fugiram do local. A Polícia apurou que Caiquinho passou por atendimento médico em um hospital particular no centro de Araçatuba, onde o profissional, contrariando a obrigação legal, não comunicou à polícia o atendimento de paciente baleado.
Após passar por atendimento ele foi levado para Fernandópolis, onde passou por outro atendimento, também sem comunicação da equipe médica à polícia sobre o procedimento. Isso motivou a instauração de um inquérito que está em andamento contra um advogado e três médicos.
Caique foi preso em dezembro do ano passado por Policiais do 12º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) no assentamento Chico Mendes, zona rural de Araçatuba, onde passava o fim de ano escondido, na companhia de familiares.
Na ocasião ele era apontado como um dos chefes do tráfico na zona leste de Araçatuba e investigado em homicídios ocorridos pela disputa do tráfico, sendo um dos principais alvos das polícias civil e militar.