A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (15/9), a Operação Rookies, que investiga organização criminosa que atua no tráfico transnacional de drogas e lavagem de dinheiro.
Estão sendo cumpridas 65 medidas judiciais, expedidas pela 3ª Vara Federal de Passo Fundo/RS, sendo 7 mandados de prisão preventiva, 6 mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Passo Fundo/RS, Marau/RS, Caxias do Sul/RS, Montenegro/RS, Itapema/SC, Itajaí/SC, Curitiba/PR, Fazenda Rio Grande/PR, Cascavel/PR, Laranjeiras do Sul/PR, Valinhos/SP e Vinhedo/SP. A Justiça ainda determinou o bloqueio de aproximadamente 130 contas bancárias de 30 pessoas sob investigação. Participam da operação 90 policiais federais, com o apoio de integrantes da Polícia Penal da SUSEPE/RS e do DEPEN/PR.
A investigação teve início a partir da constatação de que um indivíduo que cumpre pena por tráfico de drogas estaria, a partir de sua cela prisional, agenciando remessas de drogas para a Europa. O investigado contava com o apoio de outros detentos e de pessoas em liberdade, que atuariam arregimentando jovens sem antecedentes criminais para o transporte de drogas para a Europa, mediante pagamento.
Em novembro de 2019, um homem residente em Passo Fundo foi preso no aeroporto de Zurique, na Suíça, quando desembarcava de voo proveniente do Brasil, transportando quatro quilos de cocaína de forma oculta em sua bagagem.
No mesmo mês, uma mulher, também de Passo Fundo, e um catarinense foram presos em Copenhagen, na Dinamarca, quando desembarcavam de viagem proveniente do Brasil, transportando drogas em suas bagagens de forma oculta.
A investigação apura também outros casos de remessas de drogas que resultaram em prisão na Europa.
O grupo também atuava na distribuição regional de drogas em Passo Fundo e Região, recebendo drogas de Curitiba (cocaína e maconha) e do litoral de Santa Catarina (drogas sintéticas), repassando a traficantes locais, responsáveis pelo comércio varejista de drogas.
A organização criminosa é investigada, ainda, pela lavagem de dinheiro decorrente do tráfico de drogas, uma vez que foram movimentados valores expressivos a partir de contas bancárias de laranjas (pessoas físicas e jurídicas). Constatou-se que o grupo de laranjas, através de diversas contas bancárias, teria movimentado aproximadamente R$ 220 milhões, no período entre 2017 e 2021.
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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