A menina de 7 anos que caiu do 3º andar de um apartamento em Birigui nesta segunda-feira (26) e está internada na UTI Neonatal e Pediátrica da Santa Casa de Araçatuba com politrauma, passará por cirurgia na tarde desta terça-feira, conforme boletim médico atualizado pela assessoria de imprensa do hospital às 11h20.
Conforme boletim médico, a criança respira sem necessidade de ventilação mecânica e está consciente. Na tarde desta terça-feira (27) ela passará por cirurgia para correções de fratura de fêmur e quadril. Uma fratura o joelho está sob avaliação para analisar necessidade de cirurgia.
A criança também passou por avaliação de equipe médica de especialidade de cirurgia pediátrica que descartou nesse primeiro momento situação de pneumotórax e pneumoperitônio (perfuração no sistema gastrointestinal).
A queda
A criança foi socorrida em estado grave, após ter caído do terceiro andar do apartamento onde reside, na avenida João Cernach, no bairro Silvares, em Birigui, na tarde desta segunda-feira. No momento do incidente a menina estava sozinha.
A zeladora do condomínio de apartamentos foi quem a encontrou caída e chorando. Ao perguntar o que havia acontecido, a criança disse que tinha caído do apartamento. Ela estava no rumo da sacada, que não tem rede de proteção.
A zeladora acionou o resgate e como a mãe não estava no apartamento, a criança foi socorrida sem a presença de um responsável. No pronto-socorro a Polícia Militar e Conselho Tutelar foram acionados. No entanto, a informação é de que nenhum representante do Conselho Tutelar atendeu a solicitação da assistência social para ir à Santa Casa de Birigui.
A mãe da criança chegou ao pronto-socorro sem nenhum documento pessoal dela ou da filha. Os policiais levaram a mulher até o apartamento. No local não havia sinais de violência. Uma mesinha infantil estava encostada no beiral da sacada e pode ter sido usada pela criança para fazer a escalada.
Pena pode passar dos seis anos e meio
A menina sofreu fraturas no fêmur e ísquio, além de perfuração no sistema gastrointestinal e pneumotórax. O caso foi registrado na Polícia Civil como abandono de incapaz, cuja pena varia de um a cinco por resultar em lesão corporal de natureza grave, podendo aumentar em um terço, chegando a mais de seis anos e meio, por ter sido cometido por ascendente, no caso, a mãe.