Recenseadores que estão trabalhando para o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na coleta de dados para o censo demográfico têm enfrentado dificuldades para a realização dos trabalhos.
Uma recenseadora, que preferiu não se identificar, disse que há muita recusa em atender os recenseadores, desde moradores que os ignoram no portão, até aqueles que atendem, mas desconfiam e se negam a passar os dados pessoais, como data de nascimento e CPF. Ela conta, também, que quase passou por agressões físicas, tamanho é o desprezo.
De acordo com outro recenseador entrevistado, que também não quis se identificar, a cada 10 casas, aproximadamente sete se recusam a atendê-lo, ou atendem com mau humor e com pressa.
De acordo com ele, os moradores justificam a recusa como “não querer responder ao governo”, além de acreditarem que a entrevista é para algum político específico. Outros afirmam que as pesquisas são uma farsa.
Ele destaca a importância de responder às pesquisas. “É um retrato da população, para saber como estão as condições de vida das pessoas, a questão do saneamento, a qualidade de vida, a mortalidade, natalidade… E é uma bússola, um guia para os governos destinarem as verbas públicas e fazerem as políticas públicas do jeito que deve ser feito.”
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística foi fundado em 1936 e é responsável por oito dos 12 sensos realizados até hoje, através de visitas a domicílios, visando retratar o Brasil com informações essenciais para o conhecimento da realidade e para o exercício da cidadania.
Leia mais:
IBGE abre mais vagas temporárias para o Censo 2022
Economia cresce 1,2% no segundo trimestre do ano, afirma o IBGE