Araçatuba confirmou mais três casos de monkeypox, também conhecida de varíola dos macacos. Os pacientes tem idades entre 22 e 31 anos, que estão em isolamento e acompanhados pela Vigilância Epidemiológica. Não houve necessidade de internação. Com estes, o município soma quatro pacientes infectados.
O primeiro caso foi confirmado pela Saúde do município no dia 23 de agosto. O paciente é um homem de 30 anos com histórico de viagem para a Europa. Os demais pacientes são três homens de 20, 22 e 31 anos, que não tem histórico de viagens. A Vigilância está investigando se houve a transmissão no próprio município.
“Assim que houver o fechamento da fase investigatória, a vigilância irá comunicar a imprensa”, informou a assessoria de imprensa da Prefeitura.
Emergência em Saúde Pública
Nesta semana, a Secretaria Municipal de Saúde criou o COE-Monkeypox, Centro de Operações Emergenciais em Saúde Pública para monitorar os casos da doença e traçar estratégias para o combate à pandemia na cidade.
O Centro de Operações deverá estabelecer uma estratégia de acompanhamento aos pacientes do município com suspeita ou confirmação da Monkeypox, além de planejar, organizar, coordenar e controlar as medidas a serem empregadas durante a Emergência em Saúde Pública, nos termos das diretrizes fixadas pelo Sistema Único de Saúde.
Araçatuba cria Centro de Operações Emergenciais para Monkeypox
Transmissão e Sintomas
A transmissão da doença pode ocorrer a partir do contato direto com lesões cutâneas, crostas ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, pelo toque em objetos, tecidos (roupas, lençóis ou toalhas) e superfícies que foram usadas por alguém com a doença, além do contato com secreções respiratórias.
Os sintomas mais comuns em humanos são febre, dores de cabeça intensa, dores nas costas, inchaço no pescoço, axila ou virilha. Também há o surgimento de lesões cutâneas que se espalham rapidamente pelo corpo a partir dos primeiros três dias. As lesões evoluem de maneira uniforme dentro de 12 dias, podendo aparecer erupções na região da face, boca, tronco, mãos, pés e outras partes do corpo, as regiões genitais. É importante lembrar de não estourar ou coçar as lesões.
Araçatuba registra primeiro caso de varíola dos macacos
Onde procurar atendimento
Em caso de suspeita ou confirmação, o paciente deve procurar um serviço de saúde mais próximo de sua residência. Os sintomas podem durar de 2 a 4 semanas, sendo que o período de incubação pode chegar até 21 dias. Deve ser feito o isolamento até que as lesões tenham cicatrizado por completo e uma nova camada de pele nasça.
As pessoas que tiveram contato com pessoas contaminadas estão sujeitas a contrair a doença. Os grupos mais vulneráveis são crianças, idosos, imunossuprimidos e gestantes.
Prevenção e Tratamento
Ainda não há tratamento específico para o vírus monkeypox no Brasil, mas são administradas medicações na medida em que surgem os sintomas. A maioria dos casos são apresentados como leves e moderados.
A prevenção pode ser feita por meio de máscaras em locais públicos, evitar contato físico ou íntimo com pessoas que tenham lesões pelo corpo, higienizar as mãos com frequência e não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres e objetos pessoais.
Macacos são tão vítimas quanto os humanos
Após a confirmação de casos da doença no Estado de São Paulo, a Polícia Ambiental registrou vários casos de ataques e envenenamento de macacos no Interior. Os animais, no entanto, nada tem a ver com a transmissão da doença e são tão vítimas quanto os humanos