O Tribunal do Júri de Penápolis condenou a 18 anos e oito meses de prisão em regime fechado Viviane de Souza Ramos. Ela era acusada de matar com um golpe de faca Kívia Kalini Souza de Andrade que, na época, tinha 25 anos.
O crime ocorreu na noite de 9 de outubro de 2020 na avenida Marginal Maria Chica, próximo da Câmara e Prefeitura. A decisão aconteceu durante sessão na quarta-feira (24), conduzida pelo juiz Juliano Santos de Lima.
A defesa foi feita pelo advogado André Bazan Tarabini e a acusação pelo promotor Carlos Bruno Gaya Costa. Viviane foi condenada por homicídio qualificado por motivo fútil e mediante recurso que dificulte a defesa da vítima.
O crime
O caso ocorreu por volta das 21h30. Kívia foi morta com um golpe de faca no peito. Um investigador esteve no local, após ser informado, por telefone, sobre o homicídio. Ele conversou com um vigilante da Câmara, que fica do lado do Paço Municipal.
O servidor relatou que viu a movimentação dos bombeiros e policiais militares, mas não sabia o que tinha ocorrido. A faca usada no assassinato foi encontrada e apreendida. O objeto estava com marcas de sangue.
Ambas teriam tido uma discussão próximo ao ponto de ônibus do lado da sede do Legislativo, quando a vítima foi atingida com o golpe. Ferida, ela caiu na rua, próximo de uma passarela metálica. Uma enfermeira, que reside próximo da avenida, contou que estava sentada na área, quando notou uma aglomeração de pessoas.
Ao sair para ver o que estava acontecendo, notou que a jovem já estava com os sinais vitais fracos. Ela iniciou a reanimação e tentou estancar o sangramento usando sacolas plásticas até a chegada do Resgate do Corpo de Bombeiros, que levou a vítima ao pronto-socorro, entretanto, ela não resistiu e veio a óbito.
Um suposto triângulo amoroso pode ter sido o motivo do assassinado, conforme informou uma testemunha que estava no PS e que afirmou ter presenciado o crime. Ela contou ao policial que a autora seria a atual namorada de uma ex-companheira da vítima. A ajudante geral foi capturada na tarde do dia 10 pela Polícia Militar. Ela foi encontrada em uma residência na avenida João Zanin, no Jardim Paula Pereira.
No outro dia, a Polícia Civil realizou a reconstituição – reprodução simulada dos fatos. Os trabalhos, que duraram pouco mais de uma hora, ocorreram no local onde a vítima foi morta. Um forte esquema de segurança foi montado, contando com o apoio de investigadores.
A reconstituição foi acompanhada por peritos e pelo delegado responsável pelas investigações, Jovair Marcos Gruppo. Durante os trabalhos, a autora confessou o crime. Além dela, outras testemunhas também cooperaram com a reconstituição. (Por: Ivan Ambrósio)
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