A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou o responsável por arremessar uma bomba caseira contra o palanque durante o ato que contou com a participação do ex-presidente e pré-candidato Lula (PT), que aconteceu na Cinelândia, centro do Rio, na noite da última quinta-feira (7).
André Stefano Dimitriu Alves de Brito, de 55 anos, foi autuado por crime de explosão, segundo informações do delegado Gustavo de Castro, titular da 5ª DP (Mem de Sá), divulgadas ao portal G1.
Ele arremessou uma garrafa PET de dois litros com explosivo e líquido escuro, identificado como fezes humanas, pouco antes de o ex-presidente subir ao palco e discursar. Houve um pequeno tumulto, mas ninguém ficou ferido.
O crime, previsto no Artigo 251 do Código Penal, consiste em “expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. Em caso de condenação, a pena prevista é de três a seis anos de prisão, além de multa.
André Stefano não tem anotações criminais ou mandado de prisão em aberto.
O público havia sido orientado a evitar mochilas e bolsas grandes, bandeiras com hastes de madeira (só hastes de PVC) e frascos com álcool gel com mais de 100 ml. O ex-presidente chegou ao palco às 19h, começou a discursar por volta das 20h e não comentou sobre o incidente.
Não foi a primeira vez nesta campanha em que um ato de Lula foi alvo de um ataque. No último dia 15 de junho, em Uberlândia (MG), um drone sobrevoou a multidão que esperava para receber o ex-presidente e o pré-candidato ao governo de Minas Gerais Alexandre Kalil e despejou uma substância de cheiro forte.
Os atingidos disseram se tratar de urina e fezes. No entanto, os operadores do drone afirmam em um vídeo que se tratava de veneno e que foram preparados mais de dois litros do produto.
O ato político chamado de “Sempre Juntos Pelo Rio” na Cinelândia ocorreu em um palco montado na frente do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Além de Lula, participaram seu pré-candidato a vice, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), o pré-candidato ao governo do estado Marcelo Freixo (PSB) e o pré-candidato ao Senado André Ceciliano (PT), além de lideranças locais dos partidos que integram o movimento “Vamos Juntos pelo Brasil”: PT, PSB, PCdoB, PSol, PV, Solidariedade e Rede.