A Polícia Federal incinerou nesta terça-feira (5) os 663 quilos de cocaína encontrados dentro a aeronave que foi interceptada pela Força Aérea Brasileira (FAB). Representantes da Vigilância Sanitária e do Ministério Público Federal acompanharam a ação.
O avião fez um pouso forçado na tarde de domingo (3), em Pontalinda, no interior de São Paulo. Duas pessoas abandonaram o veículo e fugiram. Elas não tinham sido localizadas até a publicação desta reportagem.
Segundo a Força Aérea Brasileira, dois caças interceptaram, no estado do Mato Grosso do Sul, o avião de pequeno porte, que entrou no espaço aéreo brasileiro sem autorização.
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As equipes de defesa interrogaram o piloto que transportava a droga, mas não obtiveram resposta e ordenaram mudança de rota e pouso obrigatório em aeródromo específico.
Como não foram atendidos, os pilotos da Força Aérea Brasileira efetuaram tiros de aviso e detenção, obrigando a aeronave carregada com pasta base de cocaína a realizar um pouso forçado entre as cidades de Jales e Pontalinda.
A Polícia Federal enviou equipes e encontrou o avião que transportava o entorpecente com marcas de tiros na asa.
De acordo com o delegado Alexandre Manoel Gonçalves, há suspeita de que os disparos foram efetuados pelos próprios criminosos.
“No local do pouso, policiais federais conseguiram identificar cápsulas de munição de nove milímetros deflagradas. Os policiais desconfiam que, no momento da abordagem, para ocultar as provas, ele mesmo atirou contra a própria asa da aeronave, com o intuito de causar o incêndio e destruir todos os produtos ilícitos”, afirma Alexandre.
Ainda segundo Alexandre, uma investigação será realizada para descobrir a origem da aeronave e do entorpecente, bem como para identificar e prender os envolvidos.
“Vamos juntar peças para tentar identificar a responsabilidade. O exame pericial é de fundamental importância para identificar a droga, vestígios do avião e outros detalhes que são indispensáveis para a investigação.
O avião carregado com a droga foi transportado em um caminhão, com o apoio do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar (PM), Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
O avião
A aeronave PR-WCP, que foi fabricada em 1973, é de pouso convencional, 2 motores, com peso máximo de decolagem de 2.449 quilos e até cinco passageiros.
Segundo a Anac, a categoria é para serviço aéreo privado e com operação negada para táxi aéreo. A data de compra e transferência é de 5 de abril e o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) está vencido. O proprietário é Júnior de Lima Gonçalves. (Com informações: G1)