A Polícia Civil desencadeou uma operação na manhã desta quinta-feira em Araçatuba para cumprir 11 mandados de busca e apreensão expedidos após investigação sobre uma possível organização criminosa que atua aplicando golpes pela internet, por meio de um site e também marketplace de rede social.
A investigação teve início após a Polícia Civil tomar conhecimento de grande quantidade de Boletins de Ocorrência, pelo menos 260 vítimas, inclusive de fora do estado de São Paulo, envolvendo crime de estelionato.
No golpe, uma aparente empresa com site na internet e Marketplace oferecida em plataformas digitais dispunha de anúncios de produtos eletrodomésticos, principalmente aparelhos de ar condicionado.
A referida empresa teria endereço físico de fachada em Araçatuba. As vítimas faziam aquisição dos aparelhos, pagando, predominantemente, via PIX ou boleto bancário, porém não recebiam os produtos.
A investigação está em fase inicial, sendo que nesta quinta-feira (14) foi deflagrada a primeira etapa de operação de campo. Durante a tramitação do Inquérito no 04º Distrito Policial de Araçatuba o objetivo é identificar demais envolvidos e possível ressarcimento do prejuízo às vítimas. Inicialmente a Polícia Civil acredita tratar-se de Organização Criminosa estabelecida para prática de Estelionatos, Falsidade Ideológica e Lavagem de Dinheiro.
Nesta etapa foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão. Cinco pessoas foram ouvidas. Os policiais apreenderam 15 aparelhos celulares, grande quantidade de cartões bancários, duas porções de maconha, três notebooks, dois aparelhos CPU, um tablete, três maquinas de cartão de crédito, quatro relógios de alto padrão, duas pulseiras, aparentando ser ouro, três motocicletas, dois carros e vários documentos.
A operação Coordenada pelo delegado do 4º Distrito Policial, Marcel Basso, com apoio da DEIC e CPJ/Araçatuba, mobilizando 44 policiais civis e 11 viaturas.
Defesa
O advogado Flávio Batistela, que defende a Temper Clima, empresa investigada na operação, sob suspeita de aplicar golpe da ordem de R$ 2,5 milhões, explicou que seu cliente sempre esteve a disposição da Polícia e já havia procurado a Polícia para explicar que teve problemas no caixa da empresa por fraudes nas vendas online e por isso não conseguiu entregar várias produtos comprados por clientes.
Em função deste problema o cliente sofreu ameaças de morte, teve a empresa pichada e teve de fechar o estabelecimento. Batistela disse que será disponibilizado um link e seu cliente começará a ressarcir os clientes que sentiram lesados. Com relação a outras empresas envolvidas na operação, seu cliente, proprietário apenas da Temper Clima, não tem conhecimento e nenhum tipo de envolvimento.
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