Policiais ambientais soltaram, nesta terça-feira (5), em seu habitat natural, os dois macacos-pregos resgatados em uma residência em Birigui no dia 29 de junho. A soltura foi feita na Mata dos Macacos, em Birigui.
Ao serem resgatados, os animais estavam em uma gaiola pequena, sem água nem comida, e bastante agitados, aparentado terem sido capturados recentemente. Eles foram levados para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, da Unesp de Araçatuba, que é administrado pela Associação Mata Ciliar.
Os macacos receberam cuidados médicos-veterinários e, após exames e quarentena, foram considerados aptos para a soltura em habitat natural.
Tráfico de animais
Os animais foram resgatados na casa de um barbeiro de 24 anos, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão realizado por policiais ambientais. Ele não estava no local, mas a mulher dele, uma cabeleireira de 30 anos, disse que tinham comprado os primatas pela internet para revender em São Paulo.
A Polícia apurou também a existência de quatro boletins de ocorrências anteriores, ocasiões em que o casal já havia sido surpreendido transportando macacos em São José do Rio Preto, Bauru, Botucatu e Birigui, sempre levando os animais para venda em São Paulo.
Diante da situação, foram feitos quatro Autos de Infrações Ambientais, sendo dois “Por manter em cativeiro animais silvestres, sem autorização ambiental competente”, e outros dois “Por Praticar Atos de Maus tratos a animais silvestres”, totalizando R$ 14 mil. O homem não foi localizado e a mulher foi liberada após ser ouvida. Os dois vão responder processo por crime ambiental.
De acordo com investigações, os animais são capturados nas matas de Araçatuba e região, como mata dos macacos, mata da Unesp (odontologia) e mata do antigo Country Club.