A ONG (Organização Não Governamental) Floresci na Dor, de Araçatuba, acolhe pessoas que perderam entes queridos e estão vivendo o processo de luto. Os atendimentos psicológicos são gratuitos e feitos em grupo, com a troca de experiências entre os enlutados, e individualmente.
Criada no início de março de 2020, pouco antes da pandemia, a entidade atende, hoje, 280 pessoas de várias partes do Brasil, em grupos presenciais ou on-line, com atendimento psicológico.
A fundadora e presidente do grupo, Simone Fróes, explica que decidiu criar o Florescer na Dor para ajudar as pessoas enlutadas porque sentiu um chamado de Deus quando estava em oração.
“Desde então, o grupo tem atendido cada vez mais pessoas, em várias partes do Brasil. A dor do luto é a maior que sentimos na vida e nosso objetivo é ajudá-las neste processo de luto, com acolhimento e escuta”, afirmou Simone, que é casada, tem dois filhos e não é enlutada nem psicóloga.
Os profissionais que participam dos atendimentos são voluntários e realizam reuniões presenciais mensais com os participantes.
Em Araçatuba, são cerca de 30 enlutados, mas há também grupos presenciais em Ibitinga e Ribeirão Preto (SP), Salvador e Guanambi (BA), Fortaleza (CE), Dourados e Campo Grande (MS), Rio de Janeiro e Angra dos Reis (RJ). A entidade também faz atendimentos on-line em quase todos os estados brasileiros.
Além do atendimento psicológico gratuito, em grupo e individual, o Florescer na Dor realiza reuniões on-line em grupo e dá dicas nas redes sociais de como lidar com o luto, além de tirar dúvidas de nutrição e de exercícios físicos e lançar desafios para incentivar o autocuidado.
Nos encontros, segundo Simone, é oferecido um espaço para que as pessoas expressem sobre a perda, dor, saudade, sem julgamentos. “Quando um enlutado ouve a história do outro, ele se identifica e se sente compreendido por alguém que está vivenciando algo parecido com o que ele enfrenta no dia a dia”, afirmou.
A fundadora do Floresci na Dor explica que há um grupo de whatsapp específico para cada tipo de luto, como o gestacional e neonatal; o de mães que perderam filhos assassinatos, em acidentes ou por suícidio; o luto de viúvas e víuvos, entre outros.
“Desta forma, os participantes são acolhidos, podem ouvir as experiências dos colegas e são amparados pelos profissionais”, disse Simone, ao ressaltar que a ONG não tem inclinação religiosa, mas possui um núcleo de espiritualidade para orações e aconselhamentos.
Bazar beneficente
A ONG é mantida pela fundadora e profissionais voluntários. No próximo dia 7 de agosto, o Floresci na Dor vai realizar um bazar beneficente para arrecadar recursos para divulgar o seu trabalho em outras cidades e fazer os trâmites burocráticos para se transformar em uma associação.
O bazar vai oferecer roupas infantis, masculinas e feminias e utensílios domésticos. As doações podem ser feitas até o dia 25 de julho – para mais informações, o contato é o whatsapp da fundadora: (18) 99809-2700. O evento vai ser realizado no dia 7 de agosto, na rua Pedro Grassi, 540, bairro São Sebastião, em Araçatuba, a partir das 8h.
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