A ingestão de alimentos com sabor doce tem seu início desde o nascimento podendo, eventualmente, passar a ter uma preferência dentre os alimentos no transcorrer da vida das pessoas, e assim, ao longo dos anos ter uma forte relação com a obesidade, diabetes mellitus tipo II, síndrome metabólica, hipertensão arterial, doenças coronarianas entre outras que estão associadas ao excesso de consumo de doces e massas.
O açúcar está muito presente no cotidiano das pessoas por ocasião das festas, confraternizações ou por ocasião de uma sobremesa, o que reforça seus efeitos de calmante emocional, uma vez que favorece a produção de serotonina (hormônio do prazer) e assim produz efeitos em relação à ansiedade, ao estresse, à angustia e etc. O fato é que as calorias decorrentes do consumo excessivo de açúcar, quando não queimadas formam células de gordura, além disto os açúcares de digestão rápida elevam a glicose no sangue, isso porque vencem a produção da insulina pelo pâncreas.
Este processo pode resultar em desequilíbrios metabólicos, logo afetando o sistema neurológico, cardiovascular, entre outros. Como recurso alternativo ao consumo de açúcar, surgiram os adoçantes dietéticos ou adoçantes de mesa, os quais além de atribuir sabor doce aos alimentos apresentam-se com baixa ou nenhuma caloria.
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São oferecidos para o consumo os adoçantes artificiais que são sintéticos (produzidos em laboratórios) sendo estes a sacarina, ciclamato de sódio, aspartame e acesulfame, e os adoçantes naturais e sem contraindicações à base de esteviosídeo e de sucralose (extraídos de vegetais e frutas), não havendo nenhuma contraindicação, além de não causar efeitos colaterais, podendo ser consumidos por qualquer pessoa.
Por outro lado, estudos indicam que o consumo excessivo e prolongado de stevia está associado a um possível ganho de peso, por mais que possa parecer estranho, além de doenças cardíacas e outros problemas de saúde. Outros adoçantes naturais a exemplo da frutose, galactose, glicose (dextrose), lactose, sacarose, sorbitol e o xilitol possuem, em regra calorias, portanto não são indicados para diabéticos e estão fora do grupo Zero açúcar.
Atualmente, o grande consumo de adoçantes se dá pelos portadores de diabetes mellitus e pessoas obesas, que buscam o controle da ingesta calórica. Além destes, pesquisas revelam que os maiores consumidores são as mulheres, seguidas pelos idosos, pessoas com maior nível de escolaridade e de poder econômico, e hipertensos.
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A prevalência de mulheres sugere uma relação com o cuidado da saúde, sobretudo em relação ao controle do peso ou mesmo por interesse na estética corporal tão socialmente exigida, e na sequência os idosos, cujo envelhecimento pode despertar hábitos saudáveis a fim de vencer o ganho de peso e as doenças crônicas.
Enfim, tanto os adoçantes quanto os açúcares causam efeitos prejudiciais para saúde, quando em excesso, sendo necessário identificar os diferentes tipos e quantidades a serem consumidos, portanto é a forma como a pessoa se relaciona com o alimento, nesse caso com os doces, que determinará uma vida saudável, sendo indispensável um estilo que favoreça a combinação entre dieta equilibrada e atividade física regular.
Coronel PM PAULO AUGUSTO LEITE MOTOOKA, Mestre e Doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública Bacharel em Psicologia, Direito e Especialista em Direito Ambiental