Um motorista de aplicativo atropelou a motogirl Maira Lino após se recusar a cancelar uma viagem, em Suzano (SP), na última quinta-feira (16). De acordo com a família da vítima, o motorista se recusou a transportar uma cadeirinha de bebê e não quis cancelar a corrida pelo aplicativo. As informações são do Uol.
A família conta que o motorista chegou a abrir o porta-malas do carro, mas mudou de ideia quando viu qual era o objeto guardado pelo casal. Ele afirmou que não poderia levar o equipamento no carro, porque poderia causar danos ao veículo.
“Aí a gente explicou que até fechou direitinho (o porta-malas), mas tudo bem, meu esposo tirou o carrinho e nós sugerimos de colocar no banco da frente”, contou Letícia Ferreira, filha de Maira.
No entanto, o motorista continuou se negando a transportar o carrinho. Diante da negativa, a família pediu para que o motorista cancelasse a viagem, mas ele afirmou que os passageiros deveriam arcar com o prejuízo do cancelamento.
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“Foi quando a gente ficou na calçada, aguardando e ele entrou no carro e foi colocando o cinto. Minha mãe encostou na janela [do carro] e disse: ‘Você pode, por favor, cancelar a corrida? Já que o senhor está se recusando a levar eles por causa do carrinho, não é justo que a gente pague a taxa se é o senhor que não quer levar’. Aí ele olhou pra cara dela e disse: ‘Eu não cancelo nada, eu cancelo se quiser’”, afirmou Letícia ao Uol.
Na sequência, o motorista deu partida com o carro e atingiu Maira, que caiu no chão. “Meu esposo tentou ir atrás dele, porque a rua da minha mãe é uma rua sem saída, mas ele fez o retorno, passou pela gente e não prestou nenhum socorro”, explicou Letícia.
“A gente tem muito hábito de pedir carro de aplicativo, eu sei que tem opção de pedir carro maior, mas como eu nunca tive problema, eu nunca pedi. A corrida da casa da minha mãe pra minha casa é de 3 minutos. A gente até falou: ‘Moço, é muito pertinho, é muito rápido, não vai estragar o tampão’, mas ainda assim ele mandou tirar”, desabafou a filha da vítima. A família denunciou o caso para a Polícia Militar, Polícia Civil e na 99, plataforma por onde a corrida foi solicitada.
O que diz a 99
Em nota ao Uol, a 99 afirmou que “lamenta o caso e que, assim que tomou conhecimento, mobilizou uma equipe para apurar a denúncia e oferecer o suporte necessário para os usuários”.
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“A empresa ressalta que o respeito mútuo é a base de tudo e obrigatório para utilização do app. A comunidade 99 não tolera comportamentos ofensivos, atitudes agressivas ou qualquer tipo de violência. Por isso, ambos os perfis foram bloqueados e a plataforma está disponível para colaborar com as investigações das autoridades, se necessário”, continuou o comunicado.
Na nota, a plataforma ressaltou que orienta os clientes que precisem de um espaço maior para transportar a cadeira de bebê que optem pelas categorias Táxi Top ou 99Comfort ao solicitar viagens, já que ambas contam com veículos mais espaçosos.
Ainda assim, caso o usuário seja surpreendido com a falta de espaço no porta-malas, ele pode cancelar a corrida e entrar em contato com a Central de Ajuda (0300-3132-421). De acordo com a 99, em situações como as de Maira, a taxa de cancelamento é anulada.