Os assaltante Cleber Andrade de Oliveira e Paulo César de Assis foram condenados pela Justiça de Araçatuba (SP) a mais de 80 anos de prisão pela participação no assalto a empresa de segurança Protege, ocorrido em outubro de 2017. A sentença, proferida na sexta-feira (24), é do juiz Roberto Soares Leite.
Cleber, que está preso em uma penitenciária de segurança máxima após ser capturado em Votorantim (SP), recebeu a sentença de 85 anos e 6 meses. O comparsa, Paulo César, está foragido e foi sentenciado a 83 anos e 4 meses de prisão. No âmbito da investigação do caso Protege, ambos foram condenados por assalto, latrocínio consumado, dois latrocínios tentados, incêndio e explosão.
O mega-assalto a Protege em Araçatuba
O mega-assalto aconteceu na madrugada do dia 16 de outubro de 2017. Cerca de 30 criminosos incendiaram veículos para bloquear a saída de viaturas do quartel da Polícia Militar, que fica perto do local do roubo.
Os suspeitos também atiraram contra a entrada do quartel para impedir a saída dos policiais, e houve troca de tiros. Na sequência, outro grupo foi até a empresa de valores e usou dinamite para explodir o prédio.
O policial civil André Luís Ferro da Silva, do Grupo de Operações Especiais (GOE), estava de folga no dia e foi baleado durante a ação e morreu. Além do policial, duas mulheres ficaram feridas durante a ação atingidas por estilhaços de balas.
Os criminosos também usaram um caminhão canavieiro para bloquear a pista da Rodovia Marechal Rondon, no sentido Birigui (SP) a Araçatuba. O grupo rendeu o motorista e deixou o veículo atravessado na pista, depois o incendiaram, impedindo a chegada da polícia.
Justiça
No dia 27 de agosto de 2018 Promotores de Justiça Criminais de Araçatuba ofereceram denúncia em relação a 15 denunciados porque concorreram para a prática de crimes de latrocínio consumado, de dois latrocínios tentados, de incêndio agravado e de explosão agravado.
Também foi oferecida denúncia em relação a outros três denunciados porque concorreram para a prática de crimes de latrocínio consumado, de dois latrocínios tentados, de incêndio agravado, de explosão agravado e de associação criminosa agravado.
Nos autos principais foi prolatada sentença condenatória em relação a oito denunciados que encontram-se presos, sendo eles Sérgio Manoel Ramos, Edimar Murilo da Silva Maximiano, André Luiz Pereira da França, Ramon Alves Ornelas, Edson Januårio de Souza, Roni Alves de Oliveira, Marco Antônio Rodrigues Antonieto, Wílson Evaristo Franco.
Também foi promulgada sentença absolutória em relação a dois denunciados. William Correa dos Santos Ferreira foi colocado em liberdade e Camila Pereira da Silva continua presa por outra condenação, no caso participação no assalto à empresa Rodoban, em Uberaba (MG).
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