Durante a reunião bilateral entre Jair Bolsonaro (PL) e o presidente estadunidense, Joe Biden, durante a Cúpula das Américas, nos Estados Unidos, o presidente brasileiro teria pedido ajuda a Biden na sua campanha à reeleição. A informação foi apurada pela agência de notícias Bloomberg, que ouviu relatos de pessoas que participaram do encontro.
Segundo as pesquisas eleitorais, Bolsonaro segue distante do ex-presidente Lula nas intenções de voto do brasileiros, quatro meses antes do pleito oficial. O levantamento da consultoria Quaest, realizado na última semana, registra Lula com 47% e Bolsonaro com 29%. Em votos válidos, o ex-presidente poderia alcançar 52,87% do total e vencer a eleição ainda no primeiro turno.
A Bloomberg relata ainda que, durante a fala de Bolsonaro, o presidente estadunidense se manteve calado e trocou de assunto. Apesar das influências rotineiras da política externa dos Estados Unidos em governos pelo mundo, especialmente na América Latina, não é comum que seus presidentes demonstrem apoio público a candidatos eleitorais.
Nas redes, o tema ganhou repercussão com a tag: “Bolsonaro Lesa Pátria”. Usuários compartilharam embaraços provocados pelo presidente durante viagem aos Estados Unidos, como a Motociada em Orlando, capital da Flórida. O passeio reuniu 350 apoiadores de Bolsonaro, entre eles o fugitivo da justiça brasileira, Allan dos Santos.
Durante sua passagem por Orlando, Bolsonaro participou de eventos com apoiadores. Em um deles, afirmou que o Brasil “pode viver sem oxigênio, mas não sem liberdade”. Nas redes, usuários fizeram analogia ao caso de Manaus, quando centenas de pessoas internadas em UTI’s, por conta da pandemia de covid-19, não tinham acesso a botijões de oxigênio.
Outro tema abordado nas redes, em relação ao termo “Bolsonaro Lesa Pátria” é a privatização da Eletrobrás. A empresa brasileira de energia teve seu processo de venda concluído na última quinta-feira (9), e suas ações serão comercializadas a partir da próxima segunda-feira (13).
Sindicatos e movimentos populares que se manifestaram contra a privatização denunciaram erros ou omissões já apontadas pelo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, sobre o processo. Ele foi o único ministro do Tribunal que se posicionou contra a venda.
Do Rêgo afirmou que a Eletrobrás está sendo vendida a “preço de banana” por conta da pressa imposta pelo governo do presidente Jair Bolsonaro para a conclusão do negócio.