A notícia de que o bilionário Elon Musk comprou o Twitter deixou as redes sociais bolsonaristas em polvorosa. Logo após o anúncio, nesta segunda-feira (25), o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados comemoraram a venda, alegando que a rede social terá maior liberdade a partir de agora.
Em vários momentos, Musk usou o próprio Twitter para dar declarações polêmicas ou antidemocráticas. Em 2020, por exemplo, defendeu a ideia de golpe de estado na Bolívia. Quando a compra for efetivada, o Twitter deixará de ser uma empresa de capital aberto, ou seja, não terá mais ações oferecidas em bolsa, e as decisões ficarão nas mãos do novo proprietário.
O perfil de Bolsonaro compartilhou link para matéria do portal UOL que ensina a desativar a conta na rede social. Acostumado a criticar o trabalho da imprensa, o presidente disse que, desta vez, o trabalho foi bem feito.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente, compartilhou um post do próprio Elon Musk que, mesmo antes da confirmação da compra, defendeu a permanência dos “piores críticos” na rede social, em nome da “liberdade de expressão”.
Uma das aliadas mais leais de Bolsonaro, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) também se manifestou sobre a compra da rede social por Elon Musk. Comemorando alta de 6% nas ações do Twitter, ela repetiu um dos mantras do bolsonarismo: “quem lacra, não lucra”.
Convertido mais recentemente ao Bolsonarismo (após os primeiros arranjos ministeriais para acomodar líderes do “Centrão”), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, também postou sobre o tema. Misturando português e inglês, ele elogiou Elon Musk, que, para ele, “dois passos à frente dos outros players”. Faria esteve com Musk em novembro do ano passado nos Estados Unidos.