Um funcionário público municipal aposentado de 57 anos foi preso no final da noite desta quinta-feira (31) em um rancho de Santo Antônio do Aracanguá após ter um mandado de prisão preventiva expedido horas antes pela Justiça de Nhandeara. O homem é investigado em dois casos de estupro de vulnerável contra duas crianças, parentes de sua ex-esposa.
Os casos foram registrados em janeiro e fevereiro deste ano em Magda, cidade que fica a cerca de 90 km de Araçatuba (SP). A prisão foi feita por policiais militares do 12° BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) de Araçatuba. O acusado foi levado para a delegacia de Aracanguá e deverá ser transferido, ainda na madrugada desta sexta-feira (1), para um presídio da região.
Segundo o que foi apurado pela reportagem do RP10, um dos casos de estupro de vulnerável ocorreu contra uma menina de apenas 8 anos. A menina teria sido deixada pela mãe na casa da tia, então esposa do acusado. A criança ficou sozinha com o tio e quando a mãe da menina voltou notou que ela estava chorosa. A criança disse, então, que o acusado havia feito sexo oral nela, o que configura estupro de vulnerável.
Após a informação desse caso, uma outra mãe procurou a polícia para denunciar possível abuso sexual contra seu filho de 5 anos. Ela contou na delegacia que a criança sempre reclamava que o ‘vovô’, referindo-se ao acusado, mexia na região de suas nádegas o que causava dor. A criança chegou a passar por atendimento psicológico e os profissionais disseram à mãe que, nessa idade, a criança quase não consegue fantasiar sobre os fatos citados. Os abusos teriam ocorrido entre 2020 e 2022.
No início do ano, o caso foi registrado na delegacia de Magda. Com base nos boletins de ocorrência, a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar as graves denúncias. O Ministério Público representou pela prisão do indiciado e a preventiva foi expedida na tarde desta quinta-feira (31) pelo juiz de direito Fauler Felix de Avila, da Vara Única de Nhandeara.
O RP10 já vinha acompanhando o caso, mas sem publicar reportagem até então para não atrapalhar as investigações. O caso também era acompanhado pela Polícia Civil de Santo Antônio do Aracanguá, que já havia feito o mapeamento do rancho onde o indiciado estava escondido desde meados de fevereiro. O nome do preso não foi divulgado pela polícia em razão da lei de abuso de autoridade.