Expressão empregada desde a década de 70 e que traduzinda do inglês, “burn” quer dizer queima e “out” exterior. Também conhecida como “síndrome do esgotamento profissional”. O ministério da saúde conceitua como sendo um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, resultado do acúmulo excessivo em situações de trabalho que são emocionalmente exigentes e/ou estressantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.
Necessariamente terá sua causa no ambiente de trabalho. Uma observação importante, consiste em considerar que a síndrome de Burnout pode resultar em estado de depressão profunda. Estão mais sujeitas as pessoas que não dispõem de recursos internos para lidar com o estresse no trabalho, a carga horária excessiva, o cansaço profundo, a falta de reconhecimento dos superiores, o excesso de responsabilidade e etc.
Pesquisadores dizem que a síndrome de Burnout, pode ser considerada como uma síndrome da desistência, uma vez que o sujeito passa a desistir de investir em seu trabalho e nas relações afetivas com os colegas que naturalmente se estabelecem no ambiente. Para evitar confusão, importante esclarecer que outros fatores como o estresse, fadiga e falta de motivação também levam à desistência.
Então o trabalhador não encontra mais sentido no trabalho e passa a acreditar que qualquer esforço, além de extenuante, parecerá inútil e sem qualquer propósito. Simples perceber que o EU Biológico, Social e Psicológico estão descompensados e assim um interferindo no equilíbrio do outro.
No ano de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reclassificou a síndrome de Burnout, tirando-a do capítulo dos transtornos depressivos e considerando-a como um “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. Como se vê essa síndrome relaciona-se com saúde de modo negativo, logo afetando a qualidade de vida e o bem-estar do
Eu Biológico, Psicológico, Social e Espiritual. Para melhor enfrentar a situação recomenda-se a procura de um profissional capacitado que possa desenvolver os recursos psicoemocionais e físicos para lidar mais adequadamente com a situação e seguir a vida com saúde e bem-estar.
Coronel PM PAULO AUGUSTO LEITE MOTOOKA é Mestre e Doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública,
Bacharel em Psicologia, Direito e Especialista em Direito Ambiental