O número de acidentes com escorpião aumentou 24% nos três primeiros meses de 2022 em comparação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a março de 2021, 293 pessoas foram picadas pelo animal, enquanto que neste ano foram notificados 363 acidentes no primeiro trimestre.
A explicação para o aumento, segundo a coordenadora da UVZ (Unidade de Vigilância em Zoonoses), Talita Carolina Bragança de Oliveira, é o período de chuva que foi mais intenso este ano em comparação a 2021, o que propicia um ambiente favorável ao surgimento de escorpiões.
Além disso, segundo a coordenadora da UVZ, houve um aumento de acúmulo de restos de materiais de construção e madeiras, que são locais propícios para o abrigo destes animais.
Os locais com acidentes ou em que o morador vê escorpião são mapeados e visitados pelos agentes de saúde, em um trabalho diferenciado, chamado busca ativa, onde o imóvel e seu entorno são vistoriados em busca de capturar estes animais.
A prefeitura pede para que os moradores recebam os agentes. O intuito da visitação é orientar a retirada de entulhos, galhos, madeira ou qualquer ponto que possa ser foco de proliferação ou surgimento de escorpião.
Em casos de extrema necessidade de manter estes materiais em casa, a orientação é fazer a troca de local semanalmente, tornando o local inseguro para os escorpiões. Outra dica é vistoriar sapatos, roupas de cama e banho, mochilas, caixas de brinquedos e saídas de saneamento, além de manter as camas distantes de paredes.
Em caso de acidente com escorpião, deve-se buscar atendimento médico imediato, na UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima de casa, ou no pronto-socorro municipal.
Em casos de maior gravidade, pode ocorrer óbito, como aconteceu com a bebê Lara Vitória Carvalho de Oliveira, de um ano de idade, que foi picada por um escorpião no último domingo (17) e, apesar de ter recebido o soro escorpiônico, não resistiu e acabou falecendo, em Birigui.