Mais nove denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no âmbito da Operação Raio X foram condenados em sentença publicada nesta segunda-feira (21/3) pelo Poder Judiciário de Birigui.
As penas de prisão, impostas por crime de organização criminosa com participação de funcionário público, variam de sete a oito anos de prisão em regime fechado. Foi ainda decretado o perdimento, em favor do Estado de São Paulo, de R$ 483.789,81 e de mais 2.920 euros.
A Operação Raio X mirou em integrantes de organização criminosa que usava organizações sociais para desviar dinheiro público da saúde em diversos municípios paulistas. A investigação criminal demonstrou, com base em interceptações telefônicas e análises do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que o esquema se concretizava por meio de superfaturamentos e serviços não executados, sempre mediante emissão de notas frias.
A Operação Raio-X foi deflagrada em setembro de 2020 pelo Gaeco e pela Polícia Civil. Na ocasião, as prisões e as buscas se deram em dezenas de municípios do Estado de São Paulo, dentre eles Penápolis, Araçatuba, Birigui, Osasco, Carapicuíba, Ribeirão Pires, Lençóis Paulista, Agudos, Barueri, Vargem Grande Paulista, Santos, Sorocaba, bem como em cidades do Pará, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.