Ao menos 30 alimentos que fazem parte do almoço do brasileiro, os chamados hortifrutigranjeiros, tiveram aumento de preço nos últimos 30 dias, com altas que chegam a 211%, segundo a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) de Araçatuba.
Chuvas atrapalharam a colheita
A explicação para a escalada dos preços, segundo a gerente de operações da Ceagesp local, Luciane Vidovix Takahashi Moraes, é a dificuldade na colheita dos produtos em função das chuvas. “Com isso, a oferta fica menor e o preço sobe“, afirmou.
O grande vilão dos preços altos é o alho-poró, vegetal que pertende à mesma família que as cebolas e os alhos e é utilizado para dar sabor a caldos, molhos e sopas. O quilo do produto passou de R$ 4,40 para R$ 13,70, um aumento de 211,4%.
Se o uso do alho-poró não é tão comumente usado na cozinha, alguns itens que estão sempre presentes nas refeições, como o tomate, também tiveram um aumento considerável, conforme a tabela comparativa da Ceagesp de Araçatuba que traz valores no período de 2 de fevereiro a 2 de março.
No caso do tomate, muito usado em saladas e molhos, o quilo do produto disparou dos R$ 4,35 para os R$ 7,28, alta de 67,4%. O produto consumido aqui vem de Ribeirão Branco (SP) e do Paraná. A batata, que também vem daquele Estado, ficou 62,5% mais cara – passou dos R$ 2,40 o quilo para os R$ 3,90.
O mesmo ocorreu com a abóbora cabotiá, cujo valor subiu de R$ 2,58 para R$ 4,45, 72,8% a mais – neste caso, a produção é na região de Araçatuba. Já a beterraba teve alta de 29,8% – de R$ 3,53 foi para R$ 4,58. E o pepino, de R$ 2,25 para R$ 2,85, aumento de 26,7%.
O ovo branco, por sua vez, ficou 20,5% mais caro em 30 dias. O preço passou dos R$ 6,16 para os R$ 7,42. O mesmo ocorreu com o ovo vermelho, que em fevereiro era vendido a R$ 6,59 e hoje custa R$ 7,79, alta de 18,2%
Frutas também ficaram mais “salgadas”
As frutas também ficaram mais salgadas. A melancia puxa a fila destes aumentos e ficou 80% mais cara em 30 dias – o quilo passou de R$ 1,50 para R$ 2,70. O araçatubense também sentiu na pele o aumento de 67,9% do coco verde, que fruta era vendido a R$ 2,03 quilo e hoje, é comercializado a R$ 3,40.
O preço do morango também subiu – passou dos R$ 5,25 para os R$ 7,00, aumento de 33,3%, mesmo porcentual de reajuste do melão verde, que custava R$ 3,69 o quilo e agora é comercializado a R$ 4,92. E o mamão papaia, que era vendido a R$ 8,05 o quilo, hoje custa R$ 9,62, alta de 19,5%.
Poucos itens apresentaram queda no valor
Poucos itens comercializados na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) de Araçatuba apresentaram queda nos preços entre os meses de fevereiro e março.
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A maioria dos que tiveram redução foram frutas, como o caju, que custava R$ 10,00 (o quilo) em fevereiro e agora custa R$ 7,33, uma queda de 26,7%. O mesmo ocorreu com o kiwi e a pera, com reduções de 32,8% e 32,3%, respectivamente.
O quilo do primeiro custa, hoje, R$ 23,02, enquanto no mês passado chegou a ser vendido a R$ 34,24. Já o quilo da pera hoje está sendo vendido a R$ 9,96 ante os R$ 14, 71 anteriores.
Entre os legumes, o destaque é para o chuchu, cujo preço caiu 19% – o quilo era comercializado a R$ 4,10 e agora está a R$ 3,32. Já entre as verduras, o repolho apresentou a maior queda, de 4,7%, passando dos R$ 4,12 para os R$ 3,92.