Cuidar do ser humano a partir de uma perspectiva de sua integralidade requer um olhar que considere o modelo biopsicossocial e espiritual, para assim chegar em sua singularidade considerando a pessoa como exemplar único no universo. Neste contexto a dimensão do EU Social encarrega-se, por ocasião das vivências sociais, emocionais e psíquicas de despertar no indivíduo uma percepção de si próprio, como se olha, se auto avalia, se valoriza, como é seu jeito de ser, etc. Isto tem a ver com a Autoestima, cuja conceituação, tem sido muito utilizada atualmente pela psicologia para compreender e encontrar o sentimento de felicidade.
William James (1885) ao falar sobre a autoestima disse: “o que sentimos por nós mesmos é determinado pela proporção entre nossas realizações e nossas supostas potencialidades; uma fração cujo denominador são nossas pretensões e o numerador, os nossos sucessos”, ressalvo apenas que referidos pensamentos podem ser positivos ou negativos, e assim alternar a Autoestima para alto ou baixo, ou seja, tudo muito subjetivo e próprio de cada pessoa. Muitos pesquisadores, relacionam-na com os sentimentos de felicidade e alegria, de estar bem consigo e com a vida, de ser otimista, da qualidade dos pensamentos sobre si e, logo, com a qualidade de vida. Nesse sentido, permite-se afirmar que a autoestima eleva as possibilidades
das pessoas serem felizes.
Em sendo positiva (autoestima alta) pode assim se caracterizar: possuir autoconfiança e segurança, reconhecer as próprias e boas qualidades sem acentuar a vaidade, não se colocar em posição social superior e nem inferior em relação às pessoas, estar disposto e saber construir novas relações de amizade, ter atitude para superar os fracassos e perdas, ser reflexivo e construtivo.
Por outro lado, a baixa autoestima tem potencial para causar doenças psicológicas que intensifica o egoísmo, as tensões, frustrações e inquietudes, a ponto de levar uma pessoa a se tornar dependente de outras, logo enfraquecendo as relações interpessoais. Um exemplo do cotidiano pode ser notado na relação que algumas pessoas estabelecem com o próprio corpo, ou seja, sua aparência estética, a ponto de não o aceitar e assim afetar a saúde mental (sofrer psicológico) afetando a autoestima e a qualidade de vida.
Floriani (2014) destacou que “Ela afeta diretamente nossos pensamentos e atitudes e contribui para que o amor-próprio e o respeito por si mesmo aumentem. Quando diminuída, a autoestima está diretamente ligada a falta de amor-próprio, falta de autoconhecimento, exaustão, desânimo, sentimento de incapacidade, e demais sintomas que retratam indiferenças com os próprios princípios, aparência tanto física quanto mental, e que normalmente se apresenta como um estado de tristeza.
Por todas considerações importa preservar o amor próprio, a confiança em si e também nas boas amizades. Felicidade e Qualidade de Vida a todos.
Coronel PM Paulo Augusto Leite Motooka
*Comandante do Policiamento do Interior – Dez
*Mestre e Doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública
*Bacharel em Psicologia, Direito e Especialista em Direito Ambiental
*Articulista do RP10