O turismo é um dos setores mais variados da economia, seja no Brasil ou em qualquer outro país. Além da pessoa que atravessa fronteiras para conhecer uma cidade, existe também o turista residente, aquele que mora no local onde costuma frequentar os pontos turísticos. Esse é o perfil que deve dominar as grandes cidades em 2022, principalmente após a crise que afetou e restringiu o setor nos últimos dois anos. Nova York, Rio de Janeiro e Tóquio estão entre as localidades com algum destaque para esse turismo local.
Segundo dados da Statista, o turismo global teve uma receita próxima dos US$ 2 trilhões. Um número que parece alto, mas que já apresenta uma queda no faturamento por conta da crise enfrentada em todo o mundo. Nos anos anteriores, esse valor engloba toda categoria de turista, desde o estrangeiro até o residente. Em 2022, a expectativa é por um valor recorde, e uma taxa de crescimento acima dos 5%, principalmente com a maior movimentação da segunda categoria de turista que citamos.
Entre 2020 e 2021, o turismo global deixou de faturar cerca de US$ 4 trilhões, e o prejuízo tem um forte impacto na economia dos países. Os próximos meses serão essenciais para recuperar o tempo e o dinheiro perdido neste setor tão variado. Para conseguir isso, será preciso apostar em mudanças, uma delas o foco no turismo residencial. As pessoas estão deixando de viajar vários quilômetros para conhecer mais da região onde moram, o que é visto com grande benefícios para quem atua no setor. Calcula-se um impacto financeiro positivo, mesmo que o turista estrangeiro continue como principal foco de alguns países.
Alguns dados disponíveis no blog Betway Insider mostram que no Rio de Janeiro, por exemplo, o interesse local pelos pontos turísticos cresceu em 9% durante o ano de 2020. Um dos motivos é o baixo custo, pois alguns locais são bem acessíveis, e outros até mesmo de graça. É o caso do Arpoador, da Escadaria de Selarón, do Parque Lage e da Lagoa Rodrigues de Freitas. Todos esses são pontos importantes da cidade, que podem ser visitados sem qualquer custo.
Grandes cidades focam nos locais
Além do Rio de Janeiro, uma das principais cidades turísticas do Brasil, outros centros mundiais também estão no centro do turismo residencial. É o caso de Nova York, como mostra o artigo especial do site de caça-niqueis da Betway. A cidade norte-americana investiu, em junho do ano passado, cerca de US$ 30 milhões em uma campanha focada no turismo local. A ideia é mostrar que uma das cidades com mais turistas estrangeiros também pode ter espaço para quem mora por lá.
O único problema é o alto custo, principalmente para quem já gasta com moradia e outras contas mensais. Por exemplo, um turista em Nova York gasta cerca de US$ 280 para visitar alguns pontos, almoçar e jantar na região. Um custo 10 vezes maior do que o Rio de Janeiro, apenas para efeito de comparação. Isso mostra que nem toda cidade consegue chamar a atenção das pessoas neste sentido, algo que a capital carioca já consegue fazer.
Até mesmo Tóquio possui um custo menor, mesmo sendo uma cidade ainda cara. A principal região japonesa tem um custo de US$ 120 para quem deseja conhecer em alguns dias os locais mais visitados por turistas estrangeiros. Assim, o turismo mundial vai se transformando para algo diferente, e mais focado nas pessoas próximas. Uma mudança que deve continuar ganhando força no futuro, pois só assim o setor vai se recuperar da crise enfrentada nos últimos anos.
Rio pode virar centro
Essas comparações entre cidades mostram como o Brasil pode sair ganhando desse diferente momento do turismo. Apesar dos problemas que existem na cidade, principalmente em questão de segurança, o Rio de Janeiro continua tendo aspectos importantes que chamam a atenção de públicos diferentes. O baixo custo, por exemplo, chama a atenção de muitos moradores e isso pode fazer a economia turística andar, mesmo com a vista de mais pessoas que moram por lá.
O turismo está se transformando, e as longas viagens estão perdendo espaço para compromissos mais próximos. Algo que precisa ser aproveitado pelas cidades e pelos países, pois existe a necessidade de recuperação em 2022, principalmente após as perdas trilionárias que aconteceram recentemente.