A reunião que poderia dar fim a investida russa contra a Ucrânia terminou sem avanços. Segundo a agência estatal russa RIA, representantes dos dois países ouviram as propostas um do outro, e concordaram em voltar aos seus países para levar as informações da conversa e marcar uma segunda rodada de reuniões.
Pela manhã, já a tarde no horário local, a delegação da Ucrânia, composta pelo ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, do conselheiro chefe do gabinete do presidente da Ucrânia, Mykhailo Podoliak, e do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Mykola Tochytskyi, foi até o país vizinho para tentar negociar o cessar-fogo.
A principal demanda do Kremelin é que a Ucrânia não entre na Otan, aliança militar ocidental, nem mesmo na União Europeia.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, foi inicialmente contra que a reunião acontecesse em Belarus, país historicamente aliado da Rússia. O presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, está ao lado de Putin e permanece no poder desde 1994. Ontem, Zelenski acusou Minsk de estar participando dos ataques – fato negado por Lukashenko.
O temor de Zelenski era de que o aceite do encontro poderia parecer uma rendição, posição exatamente contrária da pregada desde o primeiro dia da rendição. Ontem, no entanto, o encontro foi acordado. (Com informações do portal iG)