Fiscais da Prefeitura de Araçatuba iniciaram ontem o trabalho de acompanhamento para remoção das lanchonetes instaladas de forma fixa em praças da cidade, conforme acordo que havia sido firmado com os próprios comerciantes por meio de recomendação do Ministério Público para readequação da forma de ocupação dessas áreas.
Em 2017 a prefeitura chegou a retirar algumas unidades e depois deu prazo para os comerciantes. Após reuniões, definições de como seria a ocupação legal e novos acordos, chegou-se a uma data final para a retirada, que venceu em 31 de dezembro.
Dois comerciantes que estavam na praça Diogo Júnior, em frente à escola Industrial, venderam suas lanchonetes como sucata, a R$ 0,80 o quilo do metal retirado. Um trailer que estava sobre a praça não precisou ser destruído porque é adaptado e possui e eixo e rodas, podendo ser rebocado. Já os demais eram fixados sobre um alicerce.
Os comerciantes estão preocupados porque disseram que terão de construir um recuo na praça para estacionar os trailers. Eles dizem que não tem o direito para a obra e nem sabem se conseguirão comprar os trailers para poder adptá-los.
Prejuízo
A comerciante Fabiana Oliveira estava numa situação mais complicada. Sem saber dos prazos e exigências para remoção das lanchonetes, ela pagou R$ 6.300 por uma lanchonete na praça há seis meses. “Peguei o dinheiro que tinha juntado com muito sacrifício pra comprar essa lanchonete e não sabia que tinha esse prazo”, explicou.
Fabiana não tinha dinheiro para retirar a lanchonete e vendeu como sucata, porque disse que seria multada se não retirasse tudo na segunda-feira. Ela mora com a mãe, que faz bico como diarista e cria um filho sozinha, e agora não terá mais onde trabalhar.