Uma locomotiva descarrilou, na noite de quinta-feira (6), em Penápolis, ocasionando na interdição de duas passagens, a da rua Amazonas e da avenida João Antônio de Castilho, que dão acesso a diversos bairros e a região central da cidade.
Chovia no momento. Não houve feridos e nem tombamento. A composição, que vinha de Bauru e tinha como destino Corumbá (MS), possuía 25 vagões carregados com produto siderúrgico.
O incidente ocorreu por volta das 20h. Motoristas que passaram pelos trechos foram pegos de surpresa e precisavam seguir até a rua Dr. Ramalho Franco, onde há uma passagem, para prosseguir.
A Rumo – concessionária que tem a concessão para explorar o transporte ferroviário -, em nota enviada pela assessoria de imprensa, informou que equipes realizaram o reparo na via e a circulação foi retomada por volta da meia-noite.
“A empresa lamenta eventuais transtornos causados pela ocorrência e atuou da forma mais ágil possível para retomar a operação, priorizando a segurança da comunidade”, destacou. As passagens da linha férrea “cortam” a cidade e são motivo de discussão sobre a retirada dos trilhos, ação almejada há muito tempo.
Projetos
Em 2005, o então prefeito da época, João Luís dos Santos (PT), apresentou ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) um relatório detalhado, ilustrado com fotos, demonstrando os efeitos negativos dos trilhos da ferrovia.
Técnicos do órgão estiveram na cidade dois anos depois para diagnosticar a situação e apontar alternativas de solução. O estudo seria encaminhado ao departamento para posterior elaboração de projeto de alteração do trajeto da ferrovia.
A ideia inicial seria transferir a estrada da área urbana para as proximidades da rodovia Marechal Rondon (SP-300). Em 2013, o chefe do Executivo, Célio de Oliveira (sem partido), foi ao DNIT, onde apresentou um projeto realizado em Maringá (PR) como uma alternativa mais viável para solucionar o problema.
Na época, foi-se sugerido a construção de uma obra chamada de “mergulhão”, com quatro viadutos, cujo investimento seria seis vezes menor que o da retirada dos trilhos. (Por: Ivan Ambrósio)