Uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo (SindHosp) revelou que 55% dos laboratórios do estado de São Paulo possuem testes de covid-19 suficientes para menos de 7 dias. Em 22% dos estabelecimentos, o estoque está previsto para acabar entre 15 a 21 dias. Outros 16% responderam que a quantidade armazenada corresponde a demanda de 8 a 14 dias. Aqueles que têm testes suficientes para mais de 21 dias são apenas 6%.
O levantamento, noticiado neste domingo (16) pelo portal G1, aponta ainda que 88% dos laboratórios privados estão com dificuldade para comprar testes de covid-19 e influenza (vírus da gripe). A escassez é consequência da elevação na procura pela testagem. Em 92% dos laboratórios, a demanda dobrou. O restante respondeu que o aumento variou de 101% a 1000% nas últimas duas semanas.
Na cidade de São Paulo, o diagnóstico para o público em geral já é feito a partir da avaliação dos sintomas, sem exames laboratoriais. Desde sábado (15), a testagem está restrita a pessoas do grupo de risco.
Risco de “apagão” de testagem
Segundo a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), o Brasil corre risco de ficar sem insumos para diagnosticar a covid-19. Na quarta-feira (12), a entidade recomendou priorizar a testagem para trabalhadores da saúde e pacientes em estado grave.
O aumento na procura por exames foi desencadeado pelos surtos de contaminação pela variante ômicron, altamente transmissível. Na última semana, o Brasil chegou a registrar quase 100 mil casos de covid em um único dia. O país também passa por um surto de gripe H3N2, cujos sintomas são muito parecidos com o da covid.