O assaltante Régis Fred Souza, de 49 anos, foi condenado pela Justiça de Araçatuba (SP) a pena de 87 anos de prisão pela participação no assalto a empresa de segurança Protege, ocorrido em outubro de 2017. A sentença, proferida nesta segunda-feira (17/01), é do juiz Roberto Soares Leite
Souza estava foragido desde 1998 e foi preso em março do ano passado em São Carlos. Ele já constava na investigação da Polícia Civil e do Ministério Público sobre o assalto ocorrido em Araçatuba. Ele é apontado como um dos responsáveis pela logística da quadrilha na região antes e durante a execução do mega-assalto.
No âmbito da investigação do caso Protege, Régis Souza foi condenado por assalto, latrocínio consumado, dois latrocínios tentados, incêndio, explosão e uso de documento falso.
Além do assalto à Protege, ele é acusado de participação no assalto à base da Prosegur, em Ciudad del Leste, no Paraguai, considerado o maior da história do país e ainda é suspeito de participação no assalto à Caixa Econômica Federal, em Bauru, em 2018.
Regis Fred de Souza é natural de Araçatuba e teve envolvimento com tráfico e depois foi para a região de Campinas, onde teve envolvimento com roubos e sequestros. Viveu longo período foragido, inclusive na Bolívia. Considerado de alta periculosidade, agora, está preso em uma penitenciária de segurança máxima no estado de São Paulo.
O mega-assalto a Protege em Araçatuba
O mega-assalto aconteceu na madrugada do dia 16 de outubro de 2017. Cerca de 30 criminosos incendiaram veículos para bloquear a saída de viaturas do quartel da Polícia Militar, que fica perto do local do roubo.
Os suspeitos também atiraram contra a entrada do quartel para impedir a saída dos policiais, e houve troca de tiros. Na sequência, outro grupo foi até a empresa de valores e usou dinamite para explodir o prédio.
O policial civil André Luís Ferro da Silva, do Grupo de Operações Especiais (GOE), estava de folga no dia e foi baleado durante a ação e morreu. Além do policial, duas mulheres ficaram feridas durante a ação atingidas por estilhaços de balas.
Os criminosos também usaram um caminhão canavieiro para bloquear a pista da Rodovia Marechal Rondon, no sentido Birigui (SP) a Araçatuba. O grupo rendeu o motorista e deixou o veículo atravessado na pista, depois o incendiaram, impedindo a chegada da polícia.
O Ministério Público denunciou em de agosto de 2018 um total de 18 pessoas, sendo que 15 por latrocínio consumado, latrocínios tentados, incêndio e explosão. Outros três, além desses crimes, por associação criminosa. As penas dos condenados até o momento somam pelo menos 650 anos de prisão.