Tribunal do júri encerrado na noite de hoje (2) em São José dos Campos condenou mulher acusada de assassinar músico norte-americano que conheceu pela Internet. Pelo homicídio qualificado por emprego de asfixia e praticado para assegurar a impunidade de crime anterior, a pena foi fixada em 30 anos de reclusão, em regime inicial fechado.
Consta dos autos que o músico, acreditando que seu sentimento era correspondido, manteve relacionamento a distância com a acusada. “A prova também dá conta de que a ré se valeu de tal situação para reiteradamente fazer a vítima crer que ela passava por dificuldades e convencê-lo a prestar-lhe auxílio financeiro”, descreveu o juiz Milton de Oliveira Sampaio Neto em sua sentença.
Quando ele veio ao Brasil em abril de 2006, a acusada manteve-o dopado em cárcere privado por cinco dias enquanto fazia compras e sacava dinheiro da conta dele. Depois, matou-o e abandonou o cadáver queimado em uma estrada. Posteriormente, a mulher foi presa em flagrante, processada e condenada por crime de roubo qualificado. Ela e outro réu foram condenados pela ocultação de cadáver, mas o magistrado reconheceu a prescrição do crime. Um terceiro réu foi absolvido pelos jurados.
Na fixação da pena, o magistrado ressaltou “a alta reprovabilidade da conduta da ré e a periculosidade de sua personalidade”. Ele negou à condenada o direito de apelar em liberdade e determinou sua imediata prisão.