7.658 Cartórios de Registro Civil brasileiros, responsáveis por registrar os nascimentos dos quase 2.5 milhões de recém-nascidos, divulgaram os nomes mais registrados ao longo do ano. Embora pelo segundo ano consecutivo Miguel, com 28.301 registros entre os homens, e Helena, com 21.890 entre as mulheres, sigam na liderança entre os mais escolhidos, um novo rol de preferidos começa a se destacar na nova geração de brasileiros.
“O ranking dos nomes mais registrados no ano é o retrato dos gostos e preferências das famílias brasileiras ao longo do tempo, e mostra importantes variações em sua trajetória. Talvez pela situação que vivemos nos últimos dois anos, a escolha por nomes bíblicos tenha se acentuado, com a busca das pessoas por esperança e conforto diante das adversidades”, avalia Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Arpen-Brasil.
Os dados completos catalogados pelos Cartórios brasileiros integram o Portal da Transparência do Registro Civil ( https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio ), administrado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen- Brasil), que reúne a base de dados de nascimentos, casamentos e óbitos registrados pelas unidades presentes em todas as 5.570 cidades brasileiras. Na plataforma é possível realizar buscas ano a ano em todo o território nacional, em regiões, estados e municípios, possibilitando ainda recortes por nomes simples e compostos.
O ranking permite ainda encontrar realidades regionais marcantes no país. Em três Estados do Nordeste o nome mais registrado foi feminino, com Maria Alice em Pernambuco, Maria Cecília em Alagoas e Maria Alice na Paraíba. Em quatro estados da região – Maranhão, Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará -, João Miguel foi o mais escolhido. Miguel dominou as escolhas no Sul, Centro-Oeste e em parte do Sudeste, São Paulo e Minas Gerais, enquanto Gael foi o nome mais escolhido no Acre, no Amapá e na Bahia.
Mudança de nome
Apesar do nome ser regido pela regra da imutabilidade, ou seja, deve se manter inalterado para segurança das relações jurídicas, existem exceções em lei onde a alteração é possível. Ela pode ser feita em Cartório, até um ano após completar a maioridade – entre 18 e 19 anos – sem qualquer motivação -, desde que não prejudique os sobrenomes de família. Também é possível a correção de nome quando for comprovado erro evidente de grafia no registro.
No caso de pessoas transexuais, a mudança do nome pode ser feita em Cartório, sem a necessidade de prévia autorização judicial, apenas com a confirmação de vontade do indivíduo. As demais alterações, como exposição do nome ao ridículo ou proteção a testemunhas só podem ser feitas por meio de processo judicial.
Já a inclusão do sobrenome, pode ocorrer nos casamentos, nos atos de reconhecimento de paternidade e maternidade – biológica ou socioafetiva -, e nos casos em que os pais de filhos menores constatam, em conjunto, que o registro original não reflete todas as linhagens familiares. Já a retirada ou alteração do sobrenome pode ser solicitada pela pessoa viúva, mediante a apresentação da certidão de óbito do cônjuge.
10 nomes mais frequentes
MIGUEL – 28.301 registros
ARTHUR – 26.655 registros
GAEL – 23.973 registros
HEITOR – 22.368 registros
HELENA – 21.890 registros
ALICE – 20.381 registros
THEO – 19.863 registros
LAURA – 18.448 registros
DAVI – 18.304 registros
GABRIEL – 17.159 registros
10 nomes masculinos mais frequentes
MIGUEL – 28.301 registros
ARTHUR – 26.655 registros
GAEL – 23.973 registros
HEITOR – 22.368 registros
THEO – 19.853 registros
DAVI – 18.304 registros
GABRIEL – 17.159 registros
BERNARDO – 15.935 registros
SAMUEL – 15.563 registros
JOÃO MIGUEL – 13.254 registros
10 nomes femininos mais frequentes
HELENA – 21.890 registros
ALICE – 20.381 registros
LAURA – 18.448 registros
MARIA ALICE – 14.677 registros
VALENTINA – 11.643 registros
HELOÍSA – 11.355 registros
MARIA CLARA – 10.980 registros
MARIA CECÍLIA – 10.850 registros
MARIA JULIA – 10.235 registros
SOPHIA – 10.163 registros
*Com portal iG