Com os animais de estimação sendo tratados como membros da família, o mercado pet evoluiu consideravelmente, sendo criados produtos especiais, planos de saúde, entre outros cuidados que aumentaram consideravelmente a expectativa de vida dos pets, mas é importante entender que, com os pets ficando mais velhos, as necessidades mudam e é preciso se adaptar a essas mudanças.
Mesmo com um envelhecimento saudável, livre de doenças e sem o uso de medicações, a idade avançada traz consigo algumas alterações comportamentais que são perfeitamente normais e esperadas, como um declínio cognitivo e sensorial do pet, que também não terá mais a mesma energia e vivacidade para as ações do dia a dia.
O tutor não deve esperar que o animal idoso o receba com a mesma agitação que costumava fazer anos atrás, tampouco ter a mesma curiosidade e empolgação para brincar ou explorar novos ambientes. Com a idade, o sono fica mais perturbado, comer se torna um ato mais lento e alguns comandos podem ser ignorados. Tudo isso é esperado no processo de envelhecimento dos pets.
Alguns cuidados relevantes devem ser tomados para garantir uma velhice segura para os tão amados companheiros de quatro patas, e envolvem principalmente os cuidados com a saúde física e emocional, além de adaptações no ambiente da casa e na dieta do animal.
Para ajudar, a médica veterinária comportamentalista Dani Ramos explica detalhadamente as alterações esperadas em um envelhecimento saudável do pet e como podemos ajudar os animais a passarem por esta fase da vida de forma tranquila e confortável.
Os animais idosos precisam ir ao veterinário ao menos duas vezes ao ano para realizar exames de acompanhamento da saúde física e psicológica. “O médico veterinário precisa estar mais perto, mais presente, e o tutor precisa relatar com mais detalhes os comportamentos e os sintomas do animal. Existe uma série de exames que precisam ser feitos com uma maior frequência nos pets idosos. Algumas mudanças de comportamento trazem junto o diagnóstico de doenças físicas, que são comuns nessa faixa etária, e quanto mais cedo for iniciado o tratamento, melhores são os resultados”, conta Dani.
Além das doenças físicas mais comuns nesta época da vida, como problemas na coluna, displasia coxofemoral, artrite e artrose, alguns animais podem apresentar alterações comportamentais relacionadas ao envelhecimento cerebral mais pronunciado, como a disfunção cognitiva ( o Alzheimer canino ). Por: Canal Pet; iG.