Apesar da crise econômica que assola o País, a Câmara de Araçatuba aprovou, na sessão desta segunda-feira (22), a tramitação de um projeto que prevê subsídio de R$ 12 mil para os vereadores a partir de 1º de janeiro de 2025, durante a 19ª legislatura. Hoje, cada um dos 15 membros da Casa recebe, por mês, R$ 6.502,25. O aumento é de 84,5%.
A matéria, de autoria da Mesa Diretora da Câmara, foi aprovada como objeto de deliberação, ou seja, irá tramitar na Casa e será colocada em discussão e apreciação. Ainda não há previsão de quando o projeto entrará em pauta. A Mesa Diretora é formada pelos vereadores Dr. Alceu (PSDB) – presidente; Maurício Bem-Estar (PP) – vice-presidente; Cel. Guimarães (PSL) – primeiro-secretário e Nelsinho Bombeiro (PV) – segundo-secretário.
Votaram favoráveis à tramitação do projeto os vereadores Dr. Alceu (PSDB), Dunga (DEM), Arnaldinho (Cidadania), Cristina Munhoz (PSL), Cel. Guimarães (PSL), Regininha (Avante), Wesley da Dialogue (Podemos), Dr. Jaime (PSDB), Nelsinho Bombeiro (PV) e Gilberto Batata Mantovani (PL). Os votos contrários foram dos vereadores Arlindo Araújo (MDB), Boatto (MDB), Evandro Molina (PP) e Lucas Zanatta (PV).
Para o vereador Arlindo Araújo, a proposta é um desrespeito à população e, embora os defensores do projeto tenham afirmado que a votação desta segunda-feira (22) foi apenas para que a matéria pudesse tramitar, Araújo enfatizou que, o fato de a proposta ter sido apresentada já mostra a intenção de que ela seja aprovada.
“É um acinte, um descaso e um desrespeito com a população. Não tem cabimento ter a intenção de aumentar o salário de vereador neste momento, com 14 milhões de desempregados e pessoas passando fome”, afirmou. Ele também criticou o fato de os vereadores não terem sido avisados que a deliberação do projeto seria votada hoje.
Para o vereador Lucas Zanatta, o assunto é muito importante para ser votado de forma on-line – as sessões da Câmara estão sendo realizadas virtualmente por causa da reforma no prédio do Legislativo – e sugeriu que a matéria só entre em pauta no retorno das sessões no plenário, com a presença do público.
“É um assunto muito importante para a população para que seja votado on-line, no final do ano, é uma forma estranha, sabendo da situação do País. É um valor alto e desnecessário”, disse.