As exportações de carne bovina do Brasil para a China estão paralisadas desde o dia 4 de setembro, após dois casos atípicos de vaca louca terem sido notificados em Minas Gerais e Mato Grosso.
A suspensão atendeu a um protocolo sanitário entre os dois países e a decisão de retomada depende da China, que ainda mantém o veto.
Oficialmente, o Brasil deixou de vender carne bovina para o país asiático no dia 4 de setembro. Apesar disso, frigoríficos nacionais chegaram a embarcar o produto para o país depois desta data.
Estima-se que o Brasil tenha enviado cerca de 112 mil toneladas de carne para a China, que, ou estão a caminho, ou já chegaram no país, mas que estão paradas nos portos chineses, à espera de liberação.
Para Thiago Bernardino de Carvalho, economista do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a demora da China em retomar o comércio é uma tentativa de renegociar contratos a valores mais atrativos e incentivar consumo de carne suína.
“O chinês aprendeu a comer carne bovina, só que ele vem pagando, sequencialmente, nos últimos meses, cada vez mais caro pela carne bovina brasileira. A China está em um momento de renegociar preço pensando na economia local. Realmente simular a volta do consumo de carne suína”, afirma.