O borracheiro Isaías Venâncio Batista, de 47 anos, será julgado pelo Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) nesta quarta-feira (6). Ele virou réu após matar a namorada esganada, em Araçatuba (SP). O caso ocorreu em 26 de julho de 2020 no bairro rural de Engenheiro Taveira.
A PM foi acionada para apurar um caso de encontro de cadáver na Rua Justino Pedro Rodrigues. Chegando no local, policiais militares notaram que a vítima, a dona de casa Adriana Silva Martins, de 43 anos, estava com marcas de esganadura e com vestígios de agressão.
Batista apresentava marcas provocadas por arranhões no rosto. Os PMs também notaram que a casa havia sido lavada recentemente. Desconfiados, passaram a indagar o homem, que inicialmente negou o crime. No entanto, no decorrer da apuração e diante das evidências, o acusado confessou o homicídio.
Ele disse aos policiais que agrediu a mulher na madrugada no momento em que ambos tomavam banho. A vítima desmaiou após ser enforcada e foi arrastada para a cama onde foi encontrada pelos policiais.
De acordo com denúncia do Ministério Público, na data dos fatos, a vítima chegou à residência do acusado embriagada, pedindo para dormir no local.
Por razões não esclarecidas, o denunciado passou a espancar a vítima e em seguida levou-a ao banheiro, pegou a cabeça da vítima e bateu na parede, agarrando em seu pescoço e esganando-a.
“Demonstrando frieza extrema, ao acabar de matar a vítima, o acusado a lavou, permanecendo na casa e indo trabalhar na manhã seguinte. Apenas posteriormente acionou o posto de saúde do bairro, informando os fatos”, descreve, na denúncia, o promotor de justiça Adelmo Pinho.
A vítima sofreu lesões que consistiram em: escoriações no pescoço, no ombro esquerdo, nos joelhos, cotovelos, dorso do pé direito, sendo que a causa da morte foi por asfixia por esganadura, conforme laudo necroscópico anexado ao processo.
“O crime foi praticado mediante asfixia, uma vez que o denunciado agarrou a vítima pelo pescoço e matou-a esganada. O crime foi perpetrado por meio cruel, vez que o denunciado causou na vítima intenso e desnecessário sofrimento ao agredi-la inúmeras vezes, batendo a cabeça dela contra a parede, revelando malvadez e brutalidade fora do comum, valendo-se de momento de fragilidade, porquanto estaria embriagada. A infração penal foi praticada mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, porquanto, embriagada e sem poder de reação, foi agredida inúmeras vezes até falecer. O homicídio foi cometido por razões do sexo feminino, envolvendo violência doméstica e familiar, uma vez que denunciado era namorado da vítima, havendo pernoite desta na residência daquele”, informa a denúncia do MP.