Policiais militares prenderam, na quarta-feira (8), em Piracicaba (a 380 km de Araçatuba), mais um suspeito de participar do ataque a bancos em Araçatuba, na madrugada do último dia 30. Outros dois suspeitos já tinham sido detidos no dia seguinte ao crime e um deles, que estava baleado no abdômen, morreu no hospital.
A ação foi realizada por volta das 10h por equipes do 10º Batalhão, em cumprimento a mandado de prisão por roubo e explosão de caixa eletrônico na casa do investigado. Ao entrarem no imóvel, seu filho foi abordado e confirmou que o pai estava na casa, onde havia drogas para abastecimento do tráfico. Nas buscas, foi encontrada uma mochila com 12 porções grandes de maconha, totalizando a quantidade de 1,3 quilo e, em um dos quartos, o acusado.
Policiais tiveram que aguardar a chegada da PF
Como se tratava de um mandado expedido pela Justiça Federal, as equipes preservaram o local até a chegada dos agentes da PF que, junto aos militares, localizaram um revólver de calibre.38, 20 munições intactas de 635, 72 de 38, notebook, algema, sete cartuchos deflagrados também de 38, vários coldres e um veículo Gol.
Todo o material foi enviado para perícia. A dupla permaneceu presa e, durante a ação, outra pessoa também foi detida para averiguação. Os outros dois suspeitos de participar do ataque foram presos no dia 31. Ambos estavam baleados, um deles no braço e o outro na barriga, em estado gravíssimo.
Eles foram internados na Santa Casa da cidade sob escolta mas o homem ferido no abdômen morreu, segundo a Polícia Civil. A ação dos criminosos deixou cinco feridos e três mortos na cidade.
De acordo com a polícia, o homem ferido no braço, também procurado na cidade de Campinas por roubo de carga e roubo de veículo, foi localizado com dois suspeitos de integrarem facções criminosas no Distrito Federal.
Eles também foram presos na operação, realizada por policiais civis da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes), do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e a Polícia Civil do Distrito Federal, no bairro Lago Azul.
Outro baleado foi transferido para Santa Casa de Piracicaba
Em outro momento, na manhã de terça (7), a PM foi acionada para verificar uma outra pessoa baleada que tinha sido transferida da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) São Pedro para a Santa Casa de Piracicaba, quando localizou o outro suspeito e acionou a DIG (Delegacia de Investigações Gerais), que auxiliou na identificação.
Os outros dois suspeitos de participarem da facção criminosa comandam o grupo no DF, segundo a Polícia Civil. A princípio, eles não têm envolvimento com o assalto.
Suspeito de financiar ataques e a esposa foram soltos pelo Tribunal de Justiça
O homem de 33 anos, suspeito de financiar o ataque, foi solto ainda na quarta, após pouco mais de um dia preso por suposta associação criminosa. A polícia chegou até ele após investigações apontarem que forneceu R$ 600 mil para a realização do crime.
O investigado ostentava um alto padrão de vida e veículos de luxo e um imóvel no Parque São Bento, em Sorocaba, onde foi preso. Além dele, a esposa, de 40, e um homem, 25, também foram presos e soltos após audiência de custódia. Os dois não foram relacionados aos assaltos da última semana, mas foram autuados por organização criminosa junto ao dono da residência.
De acordo com o TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), o juiz do plantão de Sorocaba entendeu que “não havia indícios que vinculassem os suspeitos ao caso de Araçatuba, já que não houve apreensão de nenhum instrumento ou produto do crime, como armas, explosivos e dinheiro”. Os agentes teriam chegado ao suspeito de financiamento apenas por causa de uma denúncia anônima. (*) Com informações dos sites G1 de Piracicaba, SBT Interior e portal UOL