A Justiça negou pedido de liberdade provisória feito pela defesa da jovem Lorraine Cutier Romeiro, 19, conhecida como gatinha da Cracolândia por ser acusada de tráfico de drogas na região central da capital paulista. As informações são da Jovem Pan.
Presa preventivamente na carceragem do 89º Distrito Policial, no Morumbi, na zona Sul de São Paulo, a jovem buscava ser transferida para prisão domiciliar, o que foi negado pelo juiz Gerdinaldo Quichaba Costa, da 13ª Vara Criminal.
Gatinha da Cracolândia
Costa argumentou na sua decisão que Lorraine “já respondia outro processo” por tráfico de drogas e, por ter sido presa em flagrante pela segunda vez, também com drogas, não pode responder em liberdade para “a garantia da ordem pública”.
Segundo a investigação feita pela 1ª Delegacia Seccional da Polícia Civil do centro de São Paulo, a gatinha da Cracolândia faturou até R$ 500 mil na ‘feira da droga’ que ocorre na Cracolândia. A jovem nega ter cometido o crimes.
O pedido se baseava em entendimento de 2018 do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu conceder prisão domiciliar a presas sem condenação gestantes ou que forem mães de filhos com até 12 anos.
No entanto, o juiz negou o pedido por considerar que a jovem já desrespeitou esse direito anteriormente, na primeira vez que foi presa. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que a Vara da Infância e Juventude verifique as condições em que vive a filha de Lorraine, que tem nove meses de idade.
No pedido de liberdade, a defesa alegou que a jovem criava a bebê sozinha, sem ajuda do pai e, por causa disso, o entendimento foi de que é adequado saber as condições em que a criança está vivendo, no interior de São Paulo.