Um homem suspeito de participar do ataque a duas agências bancárias no centro de Araçatuba foi preso por policiais civis na região de Campinas (SP), nessa segunda-feira à noite (30). A informação foi confirmada pelo delegado da Polícia Federal de Araçatuba, Frederico Franco Rezende, ao SBT Interior.
“O homem foi abordado na região de Campinas e depois enviado para cá (Araçatuba). A Polícia Civil encaminhou ele para cá e tivemos elementos suficientes para prendê-lo em situação flagrancial. O que a gente tem de informação até agora é isso”, disse o delegado.
Ainda segundo ele, hoje a polícia deve finalizar a perícia nas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, no centro da cidade. “O Gate provavelmente também encerra o desarmamento das bombas e acreditamos que amanhã a cidade deve voltar à sua normalidade”.
Bombas tecnológicas
Os criminosos usaram metalons, a superdinamite caseira, acionados a distância por celulares. O metalon é normalmente uma estrutura metálica oca (como um pé de mesa de cozinha ou de carteira escolar) preenchida com pólvora (preta ou branca) ou uma emulsão. O artefato começou a ser usado em 2018, mas as últimas apreensões revelaram que o equipamento estava mais sofisticado, com acionamento à distância.
Mortes e carros abandonados
De acordo com a polícia, não se sabe até o momento o total de criminosos envolvidos na ação que terminou com dois bancos explodidos no centro. Dois suspeitos foram capturados. A ação da quadrilha resultou nas mortes do empresário Roberto Bortolucci da Silva, 38, e o educador físico Marcio Victor Possa da Silva, 34.
No fim da tarde desta segunda-feira (30), sete veículos foram encontrados abandonados na zona rural da cidade, alguns deles roubados de moradores da cidade. As buscas pelos criminosos continuam com mais de 380 policiais de diferentes regiões do estado empenhados na captura dos bandidos.
PCC
De acordo com a revista Piauí, a PF, o Ministério Público paulista e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) suspeitam que o arsenal usado em Araçatuba foi trazido do Paraguai pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).
Já se sabe que a facção teve envolvimento direto no roubo, já que um dos três mortos era Jorge Carlos de Mello, 38 anos, e conhecido integrante do grupo.