A situação está cada vez mais complicada para os brasileiros, que precisam dispor da metade de um salário mínimo para comprar os itens de uma cesta básica. Segundo o Dieese, o custa fica em cerca de 55,68%. Pesquisa também concluiu que o salário mínimo ideal para agosto seria R$ 5.518.
É cada vez mais comum os consumidores deixarem algum item de fora de suas compras. Para driblar os reajustes, o brasileiro tem recorrido às compras semanais, na tentativa de aproveitar algumas “promoções” nos supermercados.
Para se ter uma noção do impacto na renda do trabalhador que recebe um salário mínimo, seria necessário 125h de trabalho ou pouco mais de 15 dias, na média, para comprar uma cesta básica, levando em conta uma jornada de trabalho de 8 horas diárias e 220 horas mensais.
Porto Alegre é a capital com a cesta básica mais cara
De 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, a cesta aumentou em 15 de junho para julho deste ano. Os maiores aumentos foram em fortaleza (3,92%), Campo Grande (3,89%) e Aracaju (3,71%). Perto de 4%, em apenas um mês.
Porto Alegre lidera a lista das capitais com a cesta básica mais cara: R$ 656, em média. Depois vem Florianópolis e São Paulo, com R$ 654 e 640,51 respectivamente.
A carne bovina virou artigo de luxo e consumo cai 50% no país
De acordo o portal O Tempo, o consumo de carne caiu pelo menos 50% nos últimos meses, segundo levantamento da Associação de Frigoríficos de Minas Gerais, do Espírito Santo e do Distrito Federal (Afrig).
A estatística vai ao encontro da projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que estima que o consumo de carne vermelha no país seja o menor em 25 anos. A carne vermelha já acumula alta de 31,87% nos últimos 12 meses.
Segundo o IBGE, no último ano, a carne suína e a ave já disparam 30,98% e 20%, respectivamente. Com o preço alto, cada vez mais consumidores estão deixando de levar itens necessários para a sua mesa.
A procura por salsicha, pescoço de peru, até pela carcaça do frango aumentou significativamente. O que antes era descartado pelos supermercados, atualmente virou produto para ser vendido.
Dezenas de famílias formaram fila para receber doação de ossos em açougue
Dezenas de pesssoas que estão passando por dificuldades financeiras, formaram fila em um açougue, em Cuiabá, para receber ossos doados pelo estabelecimento.
Segundo as pessoas que estavam na fila, as doações dos ossos são feitas pelos funcionários do açougue e ajuda a complementar a pouca alimentação que tem em casa.
Comerciantes das bancas da Central de Abastecimento e Distribuição de Cuiabá doam alimentos que não são comercializados nas feiras.
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Idosa chora em entrevista no supermercado: “Coração sangra”
Uma cena de cortar o coração emocionou os internautas e viralizou nas redes sociais. Suzete Maria da Silva, moradora de Maceió chorou ao dar uma entrevista à Rede Globo enquanto passava a sua compra no caixa.
Ela disse a repórter que precisou deixar diversos produtos necessários por conta do preço dos alimentos. “Está tudo muito caro, a gente não sabe mais o que fazer, vem fazer compra e não sabe o que comprar. A gente não consegue comprar mais carne, pois o dinheiro não dá. Eu sou aposentada e continuo trabalhando”, lamentou Suzete.
Salário mínimo ideal deveria ser de R$ 5.518
Segundo o Dieese, para alimentar uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças, o salário mínimo deveria ser de R$ 5.518. A quantia supera em quase cinco vezes o piso atual, de R$ 1.100.
A política de valorização do salário mínimo previa um reajuste anual calculado pela inflação mais o crescimento do PIB. Este é o segundo ano seguido sem aumento real. Para 2022, a proposta do governo federal é de R$ 1.147. O aumento de R$ 47 representa 4,27% em relação ao piso atual.
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