Após mais de 70 dias de uma estiagem prolongada, Araçatuba deve ter chuva nesta sexta-feira (27) e também durante o fim de semana, segundo o Climatempo. A previsão é de que chova apenas 5 milímetros na cidade, mas já deve ajudar a melhorar, ao menos um pouco, a qualidade do ar, cuja umidade deverá chegar aos 70% – nos últimos dias, o índice se manteve abaixo dos 60% recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
A probabilidade de chover, segundo o Climatempo, é de 90% nesta sexta. Com a chuva, o calor irá diminuir em Araçatuba. Se durante a semana os termômetros chegaram a marcar 38°, nesta sexta-feira a temperatura máxima será de 33°, com mínima de 19°. A previsão é de sol, mas com aumento de nuvens de manhã, com pancadas de chuva à tarde e à noite.
No sábado (28), também está prevista uma precipitação, com nova queda na temperatura, que deverá oscilar entre os 17° e os 30°. Pela manhã, o dia terá sol entre nuvens e a chuva deve cair à tarde e também à noite.
A chuva deve se repetir no domingo (29) e na segunda-feira (30), mas em pequenas quantidades, sempre à tarde e à noite, após manhãs de sol entre nuvens. No domingo, as temperaturas previstas são de 18° e 29°, e na segunda, de 17° e 29°.
Na terça-feira, o tempo volta a ficar firme, seguindo sem chuva até o próximo fim de semana e os termômetros voltam a subir, chegando aos 36° na quinta-feira (2).
Seca intensa favoreceu focos de incêndio e “chuva” de fuligem
A forte seca e a piora da qualidade do ar nos últimos dias trouxeram desconforto e agravamento de doenças respiratórias, além de piorar os efeitos da poluição, com focos de incêndio em diferentes pontos da cidade.
O resultado foi uma cortina de fumaça sobre Araçatuba, remetendo ao clima de deserto. Com os incêndios, como o que atingiu uma área de vegetação em uma fazenda à margem da Rodovia Marechal Rondon (SP-300), entre Araçatuba e Guararapes, na semana passada, uma “chuva de fuligem” passou a invadir as casas em diversos bairros de Araçatuba.
Minutos após a limpeza dos quintais, as partículas voltam a se acumular no chão. Diversos moradores relataram transtornos com a sujeira deixada pelas cinzas.
“Não tem como manter a casa limpa. A fuligem e a poeira está por toda parte, então eu mantenho as janelas e portas fechadas. Se deixar a casa aberta, ninguém aguenta tanta sujeira que entra com o vento”, contou Débora, moradora da Zona Leste de Araçatuba.
Estado ultrapassou a marca dos 3.400 focos de queimadas
O estado de São Paulo passou da marca dos 3.400 focos de queimadas até o dia 25 de agosto, registrados desde o início do ano, segundo dados do satélite de referência de monitoramento do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Este é o pior cenário desde o ano de 2010, quando foram registrados 4.042 focos de fogo no mesmo período, de 1º de janeiro a 25 de agosto de 2010.
Tempo seco provoca desconforto e agrava doenças respiratórias
Além do transtorno da sujeira, há o desconforto para as pessoas que já têm doenças respiratórias como asma, rinite alérgica ou bronquite crônica, que ficam propensas ao agravamento dos quadros por conta das cinzas das queimadas.
Em relação aos efeitos na saúde, os idosos e bebês são os mais afetados, que podem sofrer com as vias aéreas ressecadas como nariz e olhos, cansaço, dor de cabeça e alergias respiratórias.
Caso a pessoa apresente tosse intensa, aumento de catarro, chiado e falta de ar, é recomendável procurar atendimento médico.
Em caso de incêndio, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo número 193, além da Defesa Civil, que atende pelo 199.
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