A adolescente Mariana Pires Tondati Champan, 16 anos, assassinada com a mãe e o irmão no final da tarde desta terça-feira (24), pelo namorado, que se matou após o triplo homicídio, não estava grávida conforme informações iniciais de conhecidos e vizinhos. A informação foi confirmada nesta quarta-feira pela tia-avó da garota, Rosana Regina os Santos.
Rosana, que é irmã da mãe de Mariana, Daiana Cristina Pires, 39 anos, disse que há algumas semanas a menina suspeitou que poderia estar grávida, e por isso pode ter surgido esta versão. Ainda segundo a tia, na realidade, sua sobrinha descobriu que o namorado, o vigilante Leandro Santos Caetano, 36, havia engravidado outra moça, e este teria sido o motivo do fim do relacionamento entre eles, mas que o homem não aceitava.
Relacionamento conturbado
Rosana contou à reportagem do Regional Press que sua sobrinha mantinha um relacionamento com o vigilante há uns cinco ou seis meses. Ele chegou a comprar móveis e montar uma casa onde os dois se mudaram recentemente. No entanto, com a descoberta da traição a moça deu um fim ao relacionamento.
Ela foi morar com a mãe e o vigilante vendeu todos os móveis. No entanto, dias depois eles reataram o relacionamento e foram morar com a mãe de Mariana, onde ficaram por dois dias, em seguida se mudaram para um sítio em Alto Alegre, onde mora a vó da adolescente. No entanto, ficaram poucos dias e no dia 21 Mariana decidiu romper novamente o relacionamento, e foi morar com a mãe em Birigui.
Último contato
Rosana disse que horas antes do crime chegou a falar com a sobrinha pelo telefone. Ela contou que depois que saiu do sítio não tinha sido mais procurada pelo vigilante. Apenas tinha levado as roupas dele e disse que o vigilante ficou de buscar posteriormente.
Já havia sido ameaçada com arma na boca
A tia-avó de Mariana disse que ela já tinha sido ameaçada outras vezes por querer terminar o relacionamento. Em uma das ameaças, segundo Rosana, o vigilante chegou a colocar a arma na boca da menina. “A mesma arma que ele matou todo mundo”, disse.
A cena do crime
Conforme o boletim de ocorrência, os primeiros policiais que chegaram no local, sargento André e cabo De Lima, encontraram sangue perto do portão de entrada, e viram um pitbull morto. Eles chamaram pelos moradores mas não foram atendidos.
Os policiais entraram no imóvel e na sala encontraram Daiana morta, sentada em um sofá. Mariana estava caída de joelhos e de bruço, e Leandro caído sobre ela. No banheiro da casa encontraram o irmão de Mariana, Igor Markelli Ferreira Pires, 24 anos, que também estava morto.
Investigação da Polícia Civil
Uma equipe da Polícia Civil que esteve no local apreendeu três telefones celulares, que poderão ajudar a polícia a esclarecer exatamente o que teria motivado o crime que chocou Birigui nesta terça-feira.
Pelas investigações preliminares, o vigilante chegou no local e matou a adolescente, em seguida a mãe dela e o irmão, depois matou o cachorro da família e cometeu o suicídio.
Um vizinho, que preferiu não se identificar, contou que estava chegando do serviço quando ouviu os tiros. Em seguida o vigilante saiu da casa, se aproximou da moto que estava estacionada em frente ao imóvel e rapidamente retornou para dentro, no momento em que este homem ouviu mais um tiro.
No local os policiais apreenderam um revólver de calibre 38 e oito cápsulas deflagradas.
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