A Polícia Civil e o IC (Instituto de Criminalística) fizeram, na noite desta quarta-feira (21), a reconstituição de um tiroteio ocorrido em 27 de junho na frente de um restaurante na Rua Bandeirantes, no centro de Araçatuba (SP). Na ocasião, um caminhoneiro foi preso em flagrante com uma pistola calibre 380 após trocar tiros com um policial militar à paisana.
A reconstituição do caso teve a participação do indiciado, que está preso em uma penitenciária paulista. A rua foi interditada para o trabalho da polícia. Com a reconstituição, os peritos fotografaram a dinâmica do fato. O laudo será anexado ao inquérito aberto para apurar o caso.
De acordo com o registro da ocorrência, o entrevero ocorreu após uma discussão no interior do restaurante, por causa do uso de máscara facial. Após uma discussão com seguranças, o caminhoneiro foi colocado para fora do estabelecimento. Policiais militares à paisana auxiliaram na ação. Segundo as testemunhas, não houve agressões ou exibição de arma de fogo na retirada do caminhoneiro.
De acordo com apuração da polícia, após ser colocado para fora, o indiciado foi até seu veículo, um Golf branco, e saiu do local. No entanto, minutos depois, ele voltou e estacionou o carro perto da Rua Bandeirantes com a Avenida dos Araçás.
Com uma pistola 380, o caminhoneiro trocou tiros com um policial militar à paisana, o mesmo que auxiliou na retirada do indiciado de dentro do estabelecimento. Dois carros que estavam estacionados na via chegaram a ser atingidos por tiros. Ninguém foi ferido pelos tiros.
O indiciado entrou em seu veículo, mas foi abordado quando deixava o local. Equipe do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) encontrou a arma do indiciado e o prendeu. Em depoimento à Polícia Civil, o indiciado disse que voltou ao local após esquecer a carteira na mesa do bar, antes ser retirado do local pelos seguranças.
O advogado criminalista Álvaro dos Santos Fernandes, que defende o caminhoneiro, disse disse que seu cliente atirou em revide aos disparos que foram feitos primeiro por um dos policiais. Segundo o criminalista os disparos feitos pelo caminhoneiro foram para cima como advertência e um outro foi efetuado para baixo e acabou atingindo um veículo para se defender dos disparos do policial.
Já os policiais que estavam no local dizem que revidaram os tiros efetuados pelo caminhoneiro. Os casos de tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo seguem em investigação na Polícia Civil. Após a reconstituição, o indiciado foi levado de volta à penitenciária.