Desde o fim de junho, o estado de São Paulo vem observando uma queda constante nos níveis de ocupação de UTIs de Covid, ao mesmo tempo em que a campanha de vacinação se acelera.
Segundo o Metrópoles, nesta sexta-feira (30/7), a taxa de ocupação em UTIs pelo vírus é de 48,43% na rede pública, com um total de 5.561 pessoas internadas.
Isso representa uma redução na ocupação de 12,71% em relação a uma semana atrás, no dia 23 de julho, quando 53% dos leitos estavam ocupados. Se comparado a duas semanas atrás, a melhora nos níveis é ainda mais significativa: houve um declínio de 24,56% na ocupação das UTIs em relação ao dia 16 de julho.
Os dados são do SP Infotracker, plataforma criada por pesquisadores da USP e da Unesp para acompanhar a evolução da pandemia no estado. Segundo levantamento do site, o período em que o sistema de saúde do estado esteve mais saturado foi entre fevereiro e abril.
UTIs de Covid
Em março, houve dias em que as taxas de ocupação chegaram a 90%. Já o dia 2 de abril registrou o maior número de internações, com 13.134 internados em UTIs do sistema público. Naquele mês, houve registro de pessoas morrendo a espera de um leito no estado de São Paulo.
De acordo com Wallace Casaca, coordenador da plataforma, São Paulo está na melhor situação desde o início deste ano, mas já esteve melhor – em outubro e novembro do ano passado. Ele avalia que é uma situação de fato mais confortável do que nos últimos meses, mas que ainda há 10.908 mil pessoas internadas por Covid no estado ao todo, considerando UTIs e enfermarias, um número alto.
“Hoje, são 5.500 pacientes em UTIs de Covid. No final de outubro e começo de novembro do ano passado, eram 2900 pessoas internadas em UTI. Ainda não voltamos a este patamar. Está no caminho, com tendência de redução que pode chegar neste patamar. Mas ainda ter quase 11 mil pessoas internadas não é razoável”, pondera.